A manhã dessa quarta-feira, 22, foi regada de experiências para os alunos interessados no Programa de Mobilidade Acadêmica da UFS, que consiste em convênio de intercâmbio estudantil entre instituições federais de ensino. O evento trouxe relatos e vivências daqueles que participaram do programa assim como tirou dúvidas dos interessados em estudar por um tempo em outra instituição. O encontro faz parte das atividades da Semana Acadêmico-Cultural (Semac).
Confira a programação completa da Semac
Segundo Fernanda Bispo, técnica em Assuntos Educacionais do Departamento de Licenciaturas e Bacharelados (Delib/Prograd), o Programa de Mobilidade Acadêmica já enviou estudantes de 15 cursos diferentes e já recebeu alunos de 11 universidades.
Para participar, o estudante da UFS “não precisa abrir mais o processo na Secom. Ele já pode abrir no Delib para a gente alimentar o sistema e encaminhar para o colegiado. Após a análise, o colegiado devolve para nós enviarmos para as instituições, junto com a documentação necessária”, diz Fernanda.
Janaína Porto já realizou todo esse processo e, agora, está aguardando a resposta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde pretende continuar o curso de Administração. “Eu fiquei sabendo desde o 1° período, só que eu não podia fazer porque eu precisava de, pelo menos, 20% de integralização. Analisar as ementas de lá e de cá é o que mais demora; eu levei quase uma semana e meia fazendo isso”, relata a estudante.
Já Amanda Cavalcante está na UFS desde junho. A estudante veio do Pará para continuar a graduação em Farmácia. Com previsão para voltar ao seu estado em março, Amanda se apaixonou por Sergipe e pretende voltar para fazer residência em saúde mental.
“Levo muita coisa boa, consegui alcançar meu objetivo em fazer as disciplinas, que lá não condiziam com minhas expectativas. Gostei tanto das disciplinas daqui quanto das pessoas que conheci”, destaca.
Intercâmbio
Além das experiências com mobilidade acadêmica, o espaço contou com a participação de alunos do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que recebe estudantes de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais.
Segundo Fernanda, diferentemente da mobilidade acadêmica, o aluno do PEC-G vem para cursar a graduação inteira e se formar na UFS. “Nacionalmente, todos esses alunos recebidos se candidatam nas embaixadas dos países deles, mandam documentação e a seleção é toda feita em Brasília. A gente só tem acesso ao sistema para ver o perfil do aluno, dados e acompanhá-los no que for de nossa alçada”, explica.
Em 2013, Romeu Soares da Silva e Leandro Aristides da Rosa Abi vieram de Timor Leste para cursar Arqueologia na UFS. Marcado por uma adaptação difícil, o início foi atravessado por obstáculos no entendimento das explicações e da convivência com os professores e colegas.
Passadas as turbulências, Romeu encara a experiência de maneira positiva. “Você aprende a se tornar independente e olhar para o passado e ver que [hoje] tem um pensamento mais crítico e amplo. Olhar para sua cultura e pensar: eu tenho muita coisa para contribuir quando eu voltar para meu país”.
No estágio final do curso, eles estão desenvolvendo o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) refletindo os conhecimentos adquiridos na realidade do país de origem. Enquanto Romeu está estudando ossos de animais oriundos de rituais em casas sagradas, Leandro está se aprofundando nos vestuários tradicionais de Timor Leste.
“Ainda não tem muitas pesquisas sobre meu tema e, como somos estudantes de Arqueologia, falamos sobre a questão da preservação, da memória e identidade. Isso facilita também para a bibliografia, as referências para próximos trabalhos”, ressalta Leandro.
Semac
Com o tema “Qualidade e desempenho acadêmico”, a 4ª Semac tem como objetivo integrar, articular e socializar a produção do conhecimento, o ensino, a extensão, a inovação, a arte e a cultura para, efetivamente, construir uma universidade solidária, ancorada na realidade social. As atividades seguem até sexta-feira, 24.
Ascom
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