Vida, crescimento e transformação: três características que resumem bem uma árvore. O plantio da craibeira, ato simbólico rodeado de significados, foi realizado na manhã dessa terça-feira, 24, no Memorial da Democracia no campus de São Cristóvão, e marcou a abertura das comemorações dos 50 anos da Universidade Federal de Sergipe.

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A escolha da craibeira reflete o processo pelo qual a universidade vem passando nos últimos tempos, estendendo seus campi pelo interior do estado. Essa interiorização tem contribuído, sobretudo, para a democratização e a descentralização do conhecimento produzido pela UFS.

“Nós queremos olhar para a universidade também olhando para o interior sergipano, andando cada dia mais em direção ao desenvolvimento do estado e do povo. É essa universidade que estamos comemorando este ano, é a essa universidade que dispomos de tempo e disposição para fazer crescer, integrando todas as regiões”, afirma o reitor Angelo Antoniolli.

O plantio foi realizado com a ajuda de muitas mãos, todas elas representando a contribuição para o fortalecimento da UFS. O professor Genésio Ribeiro, do Departamento de Ciências Florestais (DCF), explica que a planta tem ocorrência demarcada em três biomas (Pantanal, Cerrado e Caatinga) e pode chegar até 20 metros de altura.

“Na Caatinga ela floresce no período seco, quando tudo tende a estar morto e ela surge exuberante, com uma floração amarela. Por ser típica desse bioma, isso tem tudo a ver com a interiorização que a UFS tem feito. Então é uma árvore que representa muito bem a universidade e esse processo”, conta.

Desafios

Acompanhar o processo de crescimento dessa árvore é projetar no futuro o resultado das sementes que a universidade planta e rega diariamente. Além disso, segundo Angelo Antoniolli, a craibeira deve servir de referência metafórica para as lutas que a universidade precisa travar.

“Além da beleza estética, há o seu uso fitoterápico, como medicamento, na cura dos males da sociedade, e assim deve ser a educação: curar esses males que vêm nos atormentando. Temos que ter um cuidado com essa beleza funcional que a planta e a universidade precisam representar”, diz.

O local para o plantio foi escolhido por representar a defesa da democracia e a promoção da igualdade entre todos.

50 anos

As comemorações iniciadas hoje seguem por todo o ano de 2018, marcando o meio século de existência da única universidade pública de Sergipe.

No dia 15 de maio, data exata do aniversário, a universidade promove uma missa em ação de graças em homenagem a dom Mario, que será realizada no campus de Lagarto, às 9h, e a entrega de medalhas e apresentação da Orquestra Sinfônica da UFS (Osufs) e do Coro da UFS (Corufs), que acontecerão no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju, às 19h.

A universidade também irá entregar o título honoris causa à família do primeiro reitor da UFS, João Cardoso Nascimento, pelos esforços e contribuições dele para com a instituição.

“Esses 50 anos devem servir para fortalecermos nosso papel na sociedade e no processo democrático, por isso entregamos esse título à família de João Cardoso que, na época, em pleno regime militar, não mediu esforços frente às dificuldade e conduziu esta universidade de forma exemplar”, declara Angelo.

Ascom

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