Interdisciplinar as áreas de pesquisa e integrá-las às necessidades da comunidade. Essa é a proposta da Universidade Federal de Sergipe ao inaugurar, na manhã desta segunda-feira, 4, o prédio da Didática VII do campus de São Cristóvão.
Veja o vídeo da inauguração.
O projeto arquitetônico, cuja área é de 11.295,94 m² e comportará 3.161 estudantes, teve um investimento aproximado de R$ 26 milhões. Suas dependências integrarão os programas de pós-graduação, o Departamento de Música e um Observatório Social, onde serão desenvolvidas pesquisas das mais diversas áreas de conhecimento voltadas às demandas do estado de Sergipe.
Confira o álbum do evento.
Segundo o reitor Angelo Roberto Antoniolli, a inauguração deste prédio marca uma reflexão institucional voltada para a coletividade.
“Nos últimos anos, tivemos um importante crescimento nos nossos cursos de pós-graduação, mas suas coordenações – e aulas - ficavam espalhadas dentro do campus e isso prejudicava a integração da tríade fundamental do ensino superior [ensino, pesquisa e extensão]. Reunindo todos os programas num mesmo lugar, invertemos a questão da individualidade e contribuímos grandiosamente para a interdisciplinaridade. É um ganho para a UFS, para a pesquisa e para toda a comunidade”, explica o reitor.
“A didática da pós-graduação”
Atualmente, a Universidade Federal de Sergipe oferta 68 cursos de pós-graduação (stricto sensu) e, em 2017, cinco dos seus programas tiveram conceitos melhorados pela Capes. Sociologia, por exemplo, obteve o conceito 5, e Odontologia, Letras, Filosofia e Psicologia ficaram com 4, mostrando a evolução e a consolidação dos programas oferecidos pela instituição.
Dessa forma, segundo o pró-reitor de Pós-Graduação Lucindo Quintans, o investimento num prédio coletivo de pós-graduação tende a efetivar o fomento à pesquisa, sobretudo dentro dos problemas regionais.
“As grandes instituições brasileiras de ensino superior já contam com uma estrutura única, voltada à interdisciplinaridade da pesquisa e à sua aplicação diante das demandas da sociedade. Com o prédio da Didática VII, estamos dando um passo muito importante nesse cenário e, com isso, discutindo a importância de integrar as mais diversas áreas de conhecimento”, salienta o professor Lucindo.
Observatório Social
Visando integrar a pesquisa à extensão, sobretudo no que se refere às demandas da sociedade sergipana, o último andar da Didática VII foi dedicado a um Observatório Social.
De acordo com o coordenador da proposta, professor Marcus Eugênio Oliveira, o espaço atenderá demandas internas e externas, com editais e cronogramas, para que todas as áreas de conhecimento e pesquisas de graduação e pós-graduação sejam beneficiadas.
“É uma estrutura de oito salas criadas com o objetivo de atender às necessidades da sociedade sergipana, das pesquisas e projetos aplicados a ela. Nenhum programa será beneficiado em detrimento do outro. É um conjunto, uma possibilidade de agregar valores ao que é produzido em benefício do estado. De uma forma geral, ainda temos muitas pesquisas amplas, mas precisamos olhar ao nosso redor, conhecer a nossa realidade e transformá-la positivamente”, frisa o professor Marcus Eugênio.
Departamento de Música
O primeiro andar da Didática VII reunirá toda a estrutura do curso de graduação em Música da UFS. São 3 (três) salas especiais com tratamento acústico para aulas práticas, 1 (uma) sala que acomoda o acervo de instrumentos musicais, 2 (duas) salas de aula convencionais, além de um auditório para 204 pessoas e das salas da administração do departamento do curso.
Estrutura da Didática VII
Com seis pavimentos (cinco andares), a Didática VII será capaz de receber um total de 3.161 (três mil cento e sessenta e um). O prédio conta com 45 salas de aula climatizadas, um auditório com capacidade para 204 pessoas, 3 salas especiais com tratamento acústico para atender as aulas do curso de Música, 4 cabines individuais para ensaios, uma sala para acomodar o acervo de instrumentos, além de banheiros (com cabines acessíveis para pessoas com necessidade especiais), copas e elevadores.
O projeto arquitetônico dispõe ainda de melhor mobilidade para a comunidade acadêmica, com escadas mais amplas, áreas de ventilação mais bem estruturadas e áreas de convivência ajardinadas, contemplando uma estrutura mais moderna e de destaque no campus de São Cristóvão
Jéssica Vieira
comunica@ufs.br
Imagem da foto-legenda: Dipro.