Caso sofra algum tipo de violência de gênero, onde devo procurar ajuda dentro da universidade ou em outro ambiente? Se você é uma estudante, talvez já tenha feito essa pergunta, que agora está respondida na cartilha lançada ontem, 27, pela Universidade Federal de Sergipe. A ação faz parte da campanha apoiada pela ONU “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”.
“Essa cartilha foi produzida por professoras e estudantes da UFS que integram uma ação de apoio pedagógico vinculada à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), cujo objetivo é debater e pensar propostas que joguem os holofotes nesse problema, com foco específico para a nossa universidade”, conta uma das idealizadoras do projeto, a professora Patrícia Rosalba, do Departamento de Licenciaturas e Bacharelados (Delib/Prograd).
A ideia do trabalho, ainda de acordo com Patrícia, surgiu quando era planejada a ação de acolhimento dos novos alunos para o semestre letivo 2019-1. “Nesse momento, não foi possível implementá-la, mas com a proposta ainda firme, a então vice-reitora, professora Iara Campelo, provocada pelo Ministério Público Federal, tomou para si a iniciativa”.
Para o pró-reitor de Graduação, Dilton Maynard, essa iniciativa toca uma questão que é muito importante nos dias atuais. “Isso nos lembraque a universidade não é uma ilha dentro da sociedade. A violência contra a mulher, infelizmente, está presente nos mais diferentes espaços, visto que ela não é apenas física. Então a cartilha pode contribuir para informar, orientar e, principalmente, mostrar que a UFS está envolvida no combate a problemas desse tipo".
A professora do Departamento de Serviço Social e também uma das autoras da cartilha, Catarina Nascimento, concorda com Dilton e acredita que a ação pode sensibilizar a comunidade universitária para questões emblemáticas. “Como é um instrumento que vai dar visibilidade às informações, isso vai fazer com que as pessoas percebam e desconstruam o significado das violências, pois, muitas vezes, especialmente as mulheres, não percebem que estão em situação de violência".
Quem também ajudou a conceber o projeto foi a professora Claudiene Santos, do Departamento de Biologia, e as alunas Luisa Maria Ramos (revisão) e Maria Luiza Vasconcelos (ilustração e diagramação). “Trabalhamos com tons puxados para o roxo, pois se trata da cor do feminismo. Utilizamos mulheres das mais diversas etnias, religiões, sexualidades e gêneros. Também usamos o artifício do 'anonimato', as mulheres da cartilha não possuem rosto”, diz Maria Luiza.
Confira a cartilha abaixo.
Ascom
comunica@ufs.br