Com o objetivo de ajudar os hospitais que estão na linha de frente no combate ao Coronavírus, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) está ajudando nas produção de protetores faciais em impressoras 3D, que minimizam o risco do contágio pelo vírus. Já foram entregues à Secretária de Saúde do Estado mais de 80 máscaras e amanhã, 17, será feita uma doação ao Hospital Universitário.

Segundo o professor do Departamento de Sistema de Informação e coordenador da Fábrica de Software da UFS, Marcos Dósea, a ideia de avaliar a possibilidade de utilizar uma impressora 3D na produção de protetores faciais (face Shields) para contribuir com profissionais de saúde neste período de pandemia surgiu por parte de Andrés Menéndez, coordenador da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI/UFS).

“Percebendo que essa não era a única iniciativa no estado de Sergipe, conversei com os voluntários para unificação dos grupos e apoiá-los através da universidade. O apoio foi realizado para o projeto 'Cuidar de quem cuida da gente', coordenado pela professora. Stephanie Kamarry, do IFS, porque já possuía um protótipo de protetor facial e processos de produção em vias de validação pela Secretaria de Estado da Saúde (SES)”.

Atualmente, o projeto possui 28 impressoras 3D, pertencentes a pessoas físicas e jurídicas, que estão produzindo gratuitamente os protetores faciais. A UFS, por meio do apoio vice-reitor Valter Joviniano, fez a doação de 168kg de filamentos para impressoras 3D, suficientes para produção de mais de cinco mil protetores faciais. “Além disso, foi coordenada a aprovação do protetor no Hospital Universitário que receberá a primeira remessa dos protetores nesta quinta, 27. Também foi firmada a colaboração com a empresa Infographics que está fazendo gratuitamente o corte dos acetatos dos protetores faciais, contou o coordenador da Fábrica de Software.

Outros parceiros

Para Marcos, o apoio da UFS foi importante para integração do Sergipetec e Tiradentes Innovation Center ao projeto com suas impressoras 3D. “O apoio do Sergipetec tem sido essencial na tentativa de levar a produção do equipamento para uma indústria sergipana. Estamos negociando e fazendo orçamentos, visto que a ação poderia incrementar a produção em até 10x”, destacou.

O professor conta, ainda, que está entrando em contato com outros hospitais públicos do estado para que possam aprovar o modelo, condição necessária para recebimento dos produtos de proteção. O projeto está aceitando doações e busca novos colaboradores que possuem impressoras 3D, levando em consideração a demanda pelo protetor facial em todos os hospitais do estado. Os voluntários podem doar filamentos e acetato necessários para produção.

Ascom

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