A Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizou, na manhã desta quinta-feira, 30, a cerimônia de colação de grau de 40 alunos do curso de Medicina. Por conta da pandemia do novo coronavírus, a formatura, que aconteceu na Sala dos Conselhos, no campus de São Cristovão, foi atípica: sem beca e acompanhantes, com exigência do uso de máscaras e luvas. Para evitar aglomeração, eles foram divididos em dois grupos.
Os novos médicos solicitaram a abreviação do curso para reforçar o sistema de saúde do estado durante a situação de emergência de saúde pública, de acordo com as regulamentações da universidade, a partir das orientações do Ministério da Educação.
O vice-reitor da UFS, professor Valter Santana, afirma que a necessidade do país por mão de obra qualificada para combater à pandemia provocou uma situação inédita na instituição do ponto de vista logístico e processual. "Esse momento foi possível com a colaboração dos departamentos, da Prograd, empenho dos nossos servidores, para fazer os ajustes necessários, e, hoje, podermos ofertar a população sergipana e brasileira 40 profissionais, que, sem dúvida, farão a diferença a partir de agora atuando na linha do cuidado dos pacientes com covid-19,” ressalta o vice-reitor da instituição.
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Sem esconder o sorriso com a conclusão do curso, a formanda Karine Santos destaca o papel da universidade para a formação profissional e ressalta a responsabilidade dos novos profissionais de saúde no combate à pandemia. ”Nós somos gratos a toda a universidade, como a população. E a gente quer assumir esse papel de dar um retorno a nossa comunidade tanto acadêmica quanto socialmente," afirma.
Roberto Cotias define a formação como “momento espetacular." Ele conta que carrega a vontade de ajudar as pessoas através da profissão que escolheu. “Profissionalmente, que seja aquilo que a gente sonhou desde o começo da nossa vida, quando a gente pensou fazer medicina, de conseguir chegar no final do curso e fazer um trabalho bonito, fazer um trabalho, realmente, de coração, que possa ajudar as pessoas”, aponta.
Mirian Barboza diz que lida com dois sentimentos ao chegar à reta final do curso: a alegria de concretizar o sonho e o medo diante de uma situação, que, segundo ela, exige responsabilidade. Ao atender o chamado, ela espera contribuir com o conhecimento acumulado ao longo dos anos. “O nosso papel, nesse momento, é de tentar contribuir da melhor forma possível, porque esse é o juramento que a gente faz: cuidar,” pontua.
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No dia 13 de abril deste ano, a Universidade Federal de Sergipe emitiu a portaria de número 296 que estabeleceu critérios para a abreviação da duração dos cursos de Medicina, Farmácia, Enfermagem e Fisioterapia para atuação dos alunos no combate à pandemia causada pela covid - 19. O ato é permitido, entre outros critérios, para estudantes que cumpriram 75% da carga horária do internato para o curso de Medicina ou mínimo de 75% da carga horária de estágio curricular obrigatório para os cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia. A medida leva em consideração a Medida Provisória nº 934, do dia 1º de abril, e a portaria nº 383 do Ministério da Educação.
Por Abel Victor e Josafá Neto
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