O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Sergipe (DCE-UFS) lançou nesta terça-feira, 23, a Rede Solidária #UFSPELAVIDA. A ação é articulada juntamente com diversos centros acadêmicos, coletivos de juventude, organizações sindicais e pessoas físicas ligadas à universidade, contando com uma lista inicial de 29 entidades apoiadoras.
A rede tem por objetivo garantir auxílio à população de vulnerabilidade socioeconômica da Grande Aracaju e as cidades com Campus da UFS: Itabaiana, Laranjeiras, Nossa Senhora da Glória e Lagarto. A rede pretende arrecadar desde itens de higiene pessoal, kits de cesta básica, equipamentos de proteção individual (EPIs) e até ração para os cães e gatos que transitam pelas dependências da Universidade. Estudantes e trabalhadores com qualquer vínculo com a UFS podem solicitar apoio.
Para se cadastrar basta preencher o formulário no Instagram @ufspelavida, apresentar seus dados e aguardar que a campanha entre em contato. De acordo com Luiz Felipe, presidente do DCE-UFS, a entidade já vinha organizando doações desde o mês de abril, “mas chegou o momento de estabelecer relações de apoio que envolva toda a universidade pública”. As primeiras doações serão realizadas a partir do dia 3 de julho.
“A primeira rodada de doações de cestas básicas do DCE contemplou 53 estudantes de baixa renda, arrecadando mais de uma tonelada de alimentos e itens de higiene entre abril e maio. Há um cadastro de 60 estudantes a serem atendidos com a nova campanha. A solidariedade tem que falar mais alto neste momento”, informa Luiz Felipe.
A estudante Maisa Rocha, do Campus da UFS Laranjeiras e representante do DCE, ressalta a necessidade de construir ações que respeitem o perfil socioeconômico da UFS: “Mais de 60% dos estudantes da UFS sobrevivem com uma renda familiar de um salário mínimo e meio, muitos estão com suas rendas comprometidas, com redução de salários, demissões ou impossibilitados de exercer seus trabalhos em segurança.”
A coordenadora Geral do Sintufs, Juliana Cordeiro, entende que a campanha deve assistir aos setores mais pauperizados da instituição, com foco nas trabalhadoras e trabalhadores terceirizados. “Somos a única universidade pública de Sergipe, muita gente se esforça muito para permanecer nela e seguir seus sonhos. Além dos estudantes, temos um número grande de trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas, cerca de 800, que são os setores mais frágeis da instituição. Eles estão lotados nos serviços descritos como “não essenciais”, mas sem eles a universidade não funciona, ninguém se engane, e são os trabalhadores que mais precisam de auxílio neste momento”, destaca ela.
Assessoria do DCE