Maternidade e universidade: a conta que não fecha
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) apresentará, em dezembro, a exposição artística "Maternidade e universidade: a conta que não fecha", que mergulha nas complexas vivências de mulheres mães em seu cotidiano acadêmico. Realizado pelo Coletivo Mulheridades, Universidade e Maternagem-MUM e com apoio de diversas unidades e setores da UFS, o projeto é resultado de uma pesquisa aprovada no edital temático "Representatividade Feminina no Âmbito Acadêmico" e tem como objetivo dar visibilidade às dificuldades enfrentadas por mães que atuam como docentes e discentes no ambiente universitário, especialmente no Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) e no Campus de Itabaiana.
A exposição em si foi também agraciada com apoio do Edital Cuca/Proex. "A conta que não fecha" será realizada em duas etapas: de 4 a 6 de dezembro, no hall da Reitoria; e de 11 a 13 de dezembro, no Campus de Itabaiana. Com uma abordagem sensível e multifacetada, o evento explora os desafios enfrentados por mulheres mães que precisam equilibrar a maternidade com as demandas da vida acadêmica.
A professora Laiany Souza Santos, do Campus de Itabaiana e uma das coordenadoras do projeto, ressalta a importância de dar visibilidade ao que descreve como “a dura conta que as mulheres mães têm que fechar todos os dias na universidade”. De acordo com a professora Maicyra Leão, do Departamento de Teatro da UFS, a exposição busca “sensibilizar o público para a realidade dessas mulheres, que enfrentam múltiplos desafios em uma estrutura que muitas vezes não acolhe suas necessidades”. Ela reforça a relevância da iniciativa: “Queremos abrir um espaço de diálogo e provocar uma reflexão sobre políticas e práticas institucionais que favoreçam um ambiente mais justo e igualitário para as mães na academia".
O público poderá conferir, entre as obras expostas, o livro homônimo, que reúne artigos, depoimentos pessoais, expressões poéticas e visuais, compondo um panorama íntimo e crítico das experiências dessas mães no ambiente universitário. Complementando essa visão, uma peça auditiva camuflada na arquitetura dos espaços expositivos e um vídeo-documentário com entrevistas das participantes trazem à tona as “dificuldades do cotidiano acadêmico em um contexto muitas vezes capacitista e excludente”, como destaca Shirley Melo, bolsista do projeto.
Além disso, a exposição contará com um grande varal de memórias, no qual estarão expostos objetos, escritos e lembranças das participantes, que expressam o desejo por um ambiente universitário mais justo e acolhedor para mulheres e crianças. Uma performance ao vivo, realizada em colaboração com as participantes, reforçará a visibilidade das histórias dessas mulheres e de suas demandas por mudanças. Como aponta a professora Melanie Letocard, do Departamento de Letras Estrangeiras, a abordagem artística do projeto “amplia a voz dessas mulheres e suas histórias, rompendo o silêncio que muitas vezes esconde suas vivências.”
Programação
Campus de São Cristóvão - Hall da Reitoria
Exposição de 4 a 6 de dezembro das 10h às 17h
Performance ao vivo: dia 4 de dezembro às 10h
Mostra de Vídeo, seguida de conversa: dia 4 de dezembro às 11h e às 17h.
Visitas Guiadas: dia 4 de dezembro às 16h; dia 5 de dezembro às 11h e 16h; dia 6 de dezembro às 11h e 16h.
Campus de Itabaiana - Biblioteca
Exposição de 11 a 13 de dezembro das 13h às 17h
Performance ao vivo: dia 11 de dezembro às 15h
Mostra de Vídeo, seguida de conversa: dia 11 de dezembro às 16h
Visitas Guiadas: dia 11 de dezembro às 10h e 15h; dia 12 de dezembro às 10h, 15h e 16h; dia 13 de dezembro às 10h, 15h e 16h;
Com informações da organização do evento