Debates sobre educação básica e superior acontecem de 14 a 16 de janeiro

Aconteceu na manhã dessa quarta-feira, 14, a abertura do Fórum Permanente das Licenciaturas da Universidade Federal de Sergipe. O evento tem como objetivo promover um debate crítico sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação superior, através da troca de experiências e propostas para a solução dos problemas que os cursos de graduação da UFS e de todo o país vêm enfrentando.

Confira álbum com fotos da cerimônia.

A conferência de abertura foi feita pela professora Márcia Angela da Silva (UFPE), que comentou o papel das licenciaturas na sociedade. “Nosso dever como educadores nos dá a condição de aproximação do que há de mais valioso na vida, que é a formação humana. Estamos lidando com a vida, interagindo com pessoas de todas as idades, e isso nos enriquece, pois quando entramos em sala de aula, estamos nos renovando”, diz.

Márcia Angela afirma também que apesar de honrosa, a profissão sofre atualmente sérios problemas na educação básica, cujo resultado está no recorrente analfabetismo. “Temos muitas disparidades a superar, especialmente em um país como o nosso, que possui a marca da desigualdade, com diferenças acentuadas no que diz respeito às etnias, raças, gênero, sexualidade, idade. Precisamos pensar em alcançar objetivos que beneficie a todos através de mecanismos que valorizem a formação do professor”, conclui a pedagoga.

A abertura do Fórum contou com a apresentação cultural do trio de Violões de Sergipe, e com a presença da secretária municipal de Educação de Aracaju, Marcia Valéria, e do secretário de estado da Educação, Jorge Carvalho, também professor da UFS; além do vice-reitor da UFS, André Maurício Conceição de Souza, da diretora do CECH, Iara Campelo, do pró-reitor de Graduação, Jonatas Menezes, e do coordenador do Departamento de Licenciaturas e Bacharelados, Luiz Eduardo Oliveira.

Discussão permanente

Em seu discurso, o vice-reitor da UFS falou da responsabilidade do professor em sala de aula, e da importância de se ter um fórum permanente na universidade. “O educador é um dos grandes responsáveis pelo futuro da nação, por isso precisamos traçar todas as dificuldades que existem no âmbito da educação neste fórum permanente, ao mesmo tempo que não podemos colocar nas costas do profissional uma dívida social que provém das relações humanas gerais. Como administradores, nossa responsabilidade é dar as condições necessárias para o que seja construído o futuro da nossa sociedade”, afirma André Maurício.

A estudante Emmerly Leite, do 6º período de Letras/Inglês, explica que evento também é importante para abrir os olhos da comunidade acadêmica quanto ao preconceito que existe com as licenciaturas. “O fato de se ter um fórum permanente mostra que as licenciaturas não podem ser negligenciadas, pois infelizmente ainda existe o mito de que o bacharelado é melhor, ou que as licenciaturas são mais fáceis, e não é bem isso”, comenta.

Pedro Oliveira, também aluno de Letras/Inglês, aponta a necessidade de se ter uma discussão permanente. “As pessoas, além de não saberem como funcionam as licenciaturas, se esquecem da sua importância. O fórum chama a atenção para uma discussão constante do que é o curso, e de como podemos resolver os problemas da educação, desmistificando preconceitos e tentando encontrar soluções”, conclui.

O Fórum segue até sexta-feira, 16, no auditório da Reitoria da UFS. Confira a programação completa no site do evento.

Ascom
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Fotos: Schirlene Reis/AscomUFS