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Dia de libras no campus alcança mais de 5 mil alunos
Seg, 27 de abril de 2015, 15:10
Dia de libras no campus alcança mais de 5 mil alunos
Dia de libras no campus alcança mais de 5 mil alunos
Professora Cleide Faye, coordenadora do curso de Letras LibrasVoluntários trabalharam nos três turnos durante a sexta-feira, 24/4Dia de libras alcança mais de 5 mil alunosReitor recebeu alunos nesta segunda, 27/4, na Sala dos Conselhos
“Fazer com que o surdo deixe de ser invisível ao restante da comunidade universitária”, essa foi a proposta que levou, de sala em sala, mais de 60 voluntários durante toda a sexta-feira, 24, a ensinar a comunicação básica na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para mais de cinco mil alunos na Cidade Universitária, em São Cristóvão.
As equipes, formadas por alunos, intérpretes e professores, visitaram as salas de aula nas Didáticas, alguns setores administrativos, e distribuíram folhetos educativos sobre o assunto, além de promoverem palestras e uma apresentação teatral. Na segunda-feira, 27, os alunos e professores tiveram um encontro com o reitor e outras autoridades acadêmicas.
O dia 24 de abril, oficializado no Brasil como o Dia Nacional de Libras em 2014, foi comemorado em diversas universidades. “‘Um dia de Libras no campus’ tem um diferencial: nossa campanha na UFS não foi focada no público que já lida com essa temática, mas visou a alcançar os alunos em geral, para que quando encontrarem um surdo pelos corredores da universidade, possam cumprimentar, dar um oi, um bom dia”, explica a professora Cleide Faye, coordenadora do curso de Letras Libras.
Apresentação teatral
No Restaurante Universitário, centenas de alunos assistiram à apresentação de uma performance teatral feita pelos alunos surdos da universidade, em duas seções, às 11h30 e 17h. A peça retratou a falta de liberdade e a incompreensão que os surdos enfrentaram. Nela, um dos surdos inicialmente aparece amarrado, retratando como foi o passado de escolarização dos surdos, que geralmente eram tidos como deficientes mentais e forçados a desenvolver a oralidade sem qualquer gesticulação.
Encontro com o reitor
Esta segunda, 27, mais de 16 alunos surdos e diversos ouvintes e professores tiveram um encontro com o reitor, diversos pró-reitores e membros da administração na Sala dos Conselhos. Os alunos apresentaram os rudimentos da língua de sinais e puderam relatar um pouco de suas dificuldades, alegrias e necessidades.
“Vocês representam para nós um novo conceito de universidade, que é a ideia de incluir. O que vocês estão fazendo é importante não só para vocês como indivíduos, mas para a sociedade. Vocês não estão apenas ensinando a linguagem de sinais, mas o respeito, a dignidade humana, o esforço, e a construção de uma sociedade melhor, mais humana”, disse o reitor Angelo Roberto Antoniolli.
Ações de apoio
Além dos estudantes da licenciatura em Letras Libras, com turmas mistas de alunos surdos e ouvintes, a Universidade Federal de Sergipe conta com 24 intérpretes que dão assistência a cada um dos alunos com deficiência auditiva que ingressa nos cursos oferecidos pela instituição.
A professora Emilia pontua, embora muito ainda deva ser feito, “a UFS tem avançado bastante. Uma universidade engajada num projeto político-pedagógico precisa atender a essa demanda social. Temos uma demanda de ensino que, historicamente, não atende às necessidades dessas pessoas. Precisamos nos comprometer fortemente com a integração dessa comunidade”, afirma.