Qui, 23 de julho de 2015, 14:07

Governo e UFS atuam para recuperar áreas de reserva legal
Governo e UFS atuam para recuperar áreas de reserva legal
Aqui Acontece
A equipe do Projeto Águas do São Francisco por meio do coordenador técnico, Antenor Aguiar, e do gestor e engenheiro florestal, Thadeu Ismerim, é colaboradora da fase de elaboração do Projeto Nascentes do São Francisco, inscrito e classificado em primeiro lugar do Brasil no edital 2014 do Programa Produtor de Águas (que trata de conservação de água e solo em bacias hidrográficas), da Agência Nacional de Águas (ANA). O Águas do São Francisco é executado pelo Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec) e pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), com o patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental.
Aprovado pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Rio São Francisco do Ministério Público do Estado de Sergipe (MP/SE), representado pela Drª Allana Rachel Monteiro Costa, em reunião ordinária realizada na última quarta-feira, 15, o projeto Nascentes do São Francisco, por determinação do MP, será executado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), do qual Antenor é consultor técnico.
Proposto pela Prefeitura Municipal de Canindé do São Francisco, com a participação de pesquisadores da UFS e do SergipeTec, o objetivo do projeto Nascentes é de, no período de 24 meses, recuperar as áreas de Reserva Legal (RL) e de Preservação Permanente (APPs) no entorno de nascentes e de cursos d’água, na sub-bacia hidrográfica do rio Curituba, localizada no Baixo São Francisco, a fim de regularizar a produção de água, promover equilíbrio ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.
Tendo como parceiros a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), entre as metas do projeto Nascentes estão: a recuperação de vegetação nativa de APPs e RL (com o plantio de 30 mil mudas, para a ampliação de 27 hectares); mobilização social e capacitação; além de monitoramento qualiquantitativo dos corpos hídricos.
Participações
O 'Projeto Nascentes do São Francisco' teve contribuição intelectual de Antenor Aguiar Neto (engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia na área de irrigação, pós-doutor em Recursos Hídricos e professor na UFS) e de Thadeu Ismerim (engenheiro florestal e mestre em Agroecosistema).
SergipeTec
Com dez anos de existência, o SergipeTec é uma organização social, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e constituída sob a forma de Associação, que tem como meta principal, promover o empreendedorismo, criando e implementando novas técnicas na área ambiental, em especial, introduzindo tecnologia na tutela de organismos animal e vegetal. Possui experiência em ações voltadas à sustentabilidade ambiental e na aplicabilidade das técnicas atualmente utilizadas que, implantadas em consonância com as políticas públicas adequadas, causam impactos relevantes em relação à contribuição do meio ambiente e aculturação da sociedade.
Problemática ambiental
O rio São Francisco é muito importante para a região Nordeste do Brasil. Seu uso múltiplo está associado principalmente à geração de energia, à produção agrícola, ao abastecimento humano e industrial, à pesca e à navegação. O elevado grau de exploração dos recursos naturais (direta ou indiretamente) ligada às atividades desenvolvidas na região, evidencia que a Bacia Hidrográfica do rio São Francisco é uma das mais exploradas do país.
No leito principal do rio São Francisco, os principais problemas ambientais são a redução da vazão e de sedimentos, enquanto que, na área de influência de seus afluentes em Sergipe, outros impactos ambientais também são observados, como: degradação dos corpos hídricos devido ao escoamento superficial que percorrem áreas de plantio, levando especialmente nitrogênio e fósforo; contaminação de corpos hídricos com agrotóxicos; erosão; salinização de solos com ênfase para áreas irrigadas; desmatamento; deposição inadequada de resíduos sólidos; e lançamento de efluentes domésticos e industriais naturais.
“A problemática ambiental do rio São Francisco extrapola os limites dos estados de Sergipe e Alagoas. Essa situação tem trazido consequências econômicas para a população ribeirinha e para a economia sergipana, sobretudo por acarretar problemas sociais, dentre os quais, os relacionados à pesca e à agricultura. A aquicultura e a agricultura vêm alcançando índices mínimos, insustentáveis para a subsistência de uma população à erosão marginal, devido à redução da vazão decorrente das barragens, ocasionando, dessa forma, prejuízos aos perímetros irrigados com perda de terras”, explica o professor Antenor.
Fonte: Aqui Acontece


Atualizado em: Qui, 23 de julho de 2015, 14:09
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