Na manhã desta segunda-feira, 20, os sons da Orquestra de Câmara da UFS ecoaram pelo auditório da Reitoria para dar início às atividades da 4ª edição da Semana Acadêmico-Cultural (Semac). Neste ano, o evento tem como tema central “Qualidade e desempenho acadêmico” e conta com “mais de 400 atividades cadastradas envolvendo as mais diversas áreas do saber”, segundo Lucindo Quintans, presidente da comissão organizadora da Semac e pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa (Posgrap).
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De acordo com Lucindo, além de discutir o que é produzido na UFS, o evento trata da relação que a universidade tem com as temáticas atuais da sociedade. “A universidade está extremamente preocupada com a qualidade do profissional que formamos, do egresso que formamos, como também com a retenção [permanência prolongada do estudante] em algumas áreas que é muito alta”.
Pensando nisso, uma das atividades de abertura foi a palestra “Escolas em transição”, ministrada pelo professor Cristiano José Teixeira da Silva, especialista em Sociologia da Educação e Políticas Educativas, que partilhou um pouco de sua experiência não-convencional com a educação básica.
Cristiano é professor da Escola da Serra, em Belo Horizonte, que é estruturada na singularidade humana e tem como valores o respeito, a adaptabilidade, responsabilidade, autonomia, internalidade, democracia e coletividade.
Para o professor, nenhuma escola ou instituição de ensino superior propicia “um ciclo de estudos a jovens que queiram ser professores sem lhes formar para um certo sistema”. “As universidades têm o poder de criar técnicas especializadas para que eles [estudantes] possam operar em um sistema e questionar esses modelos, inclusive, dentro da própria universidade”, reforça.
Integração
Esta é a primeira experiência como ministrante e participante na Semac para Werlisson Santos Souza, estudante do 4° período de Engenharia Química. Para ele, o tema desta edição é bem interessante porque permite ter acesso a “um leque de oportunidades e conhecimentos que contribuem para a formação de quem está interessado no evento”.
Para a estudante do 8° período de Ciências Biológicas Amanda Silva Santos, apesar de a Semac contribuir para a experiência profissional dos alunos, é preciso que mais pessoas de fora da universidade se interessem em participar para não deixar “o conhecimento preso na academia”.
“Uma falha que existe no evento é que, infelizmente, a gente não consegue trazer toda a comunidade para cá, mesmo sendo divulgado. A gente produz muita coisa e, às vezes, as pessoas não sabem o que é feito”, ressalta.
Se atentando a isso, o reitor Angelo Antoniolli espera que esta 4ª edição da Semac se integre ainda mais à sociedade sergipana para que ela possa ter uma maior identificação.
“O tema de referência diz respeito a um problema que acontece em todo o país, que é a retenção muito grande dos alunos. Estar na universidade pública é algo conquistado, mas a permanência desse jovem no ensino superior público ainda é um grande problema para todos nós”, destaca Angelo.
Ascom
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IV Semac UFS | Palestra de Abertura