Estudantes de Turismo e interessados na área discutiram, na tarde da última quinta-feira, 23, a perspectiva de cidades inteligentes que, para além das atividades turísticas, priorizam a cidade como espaço dos moradores através de um planejamento urbano. O evento fez parte da programação da 4ª Semana Acadêmico-Cultural (Semac).
Organizado pelas professoras Cristiante Alcântara e Jennifer Caroline Soares, do Departamento de Turismo (Dtur), o evento “Destinos Turísticos Inteligentes: uma nova ferramenta para o planejamento e gestão de destinos” ressaltou a importância de pensar as cidades para além das questões turísticas, mas principalmente de uma forma em que haja distribuição igualitária dos recursos entre os cidadãos.
Segundo a professora Jennifer, a perspectiva da smart city (cidade inteligente) é ampla e envolve um projeto integral de cidade. “Ela surge de uma maneira totalmente independente da atividade turística, uma ferramenta de planejamento e desenvolvimento urbano. A cidade tem que ser boa para o residente para que, até como destino turístico ela seja, a longo prazo, competitiva nas mudanças de valores da sociedade”, explica.
Cidade igualitária
De acordo com Cristiane, a cidade deve ser pensada, principalmente, para atender aos interesses do cidadão, considerando que ela é um direito assegurado a todos.
“Infelizmente, muitas práticas que são desenvolvidas dentro das próprias cidades a partir de políticas públicas ou através das ações da iniciativa privada não são desenvolvidas para atender a todos de forma igualitária. O que a gente percebe é que muitas cidades turísticas têm desenvolvido planos e ações que buscam atender a partes específicas da cidade em detrimento de outras, que também deveriam ter acesso a esses recursos”, destaca.
Trazendo essa perspectiva para uma realidade mais próxima, como Aracaju, Cristiane acredita que a cidade ainda não se configura como um destino consolidado. Ela acredita que trazer essa discussão, pensando em países ou cidades com destinos firmados, é importante para “pensar uma Aracaju turística que não exclua ou que não pense somente em desenvolver uma parte específica para atender os interesses e a finalidade turística”.
Para Wyllian Sartori, graduando em Química, falta pensar “políticas públicas em prol do turismo, que é o principal meio político de trazer recursos de outros lugares e gerar investimento para a população que vive aqui”.
Ascom
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