
A Universidade Federal de Sergipe (UFS), em parceria com a Prefeitura de Aracaju, vai mapear a circulação do novo coronavírus na capital sergipana. A partir da testagem da população pela secretaria municipal de Saúde, o estudo de prevalência da covid-19 no município será elaborado pelos professores do departamento de Medicina da UFS, Roque Pacheco de Almeida, Amélia Ribeiro de Jesus e Enaldo Vieira de Melo.
De acordo com o professor Roque Almeida, gerente de ensino e pesquisa do Hospital Universitário (HU-UFS), o objetivo é realizar 2.680 testes rápidos na população para a elaboração do mapa epidemiológico, a fim de auxiliar a tomada de decisões no enfrentamento à pandemia. A meta é testar entre 50 e 150 pessoas por bairro.
"Cerca de 80% das pessoas que entram em contato com o novo vírus são consideradas assintomáticas. A nossa meta é identificar essas pessoas. E isso só é possível através do teste. Com isso, vamos entender a dinâmica do vírus de forma científica e ajudar o município nas decisões de combate à doença", afirmou o professor.
+ Veja aqui as ações da UFS no enfrentamento ao novo coronavírus

"A perspectiva é iniciar os testes rápidos a partir do dia 27 desse mês. A partir desse início de testagem, devemos obter o diagnóstico epidemiológico em até duas semanas. É um método rápido e eficaz neste momento de pandemia," explicou Roque Almeida.
O prefeito da capital ressaltou a importância da parceira com a univerdade. "No primeiro momento, conseguimos cumprir com o que planejamos, que foi diminuir a possibilidade de contaminação para que não houvesse explosão de casos. Agora, vamos buscar a localização do vírus em nossa cidade, usando métodos científicos, testando as pessoas e, a partir daí, elaborando um mapa epidemiológico, mostrando por onde o vírus têm circulado," disse Edvaldo Nogueira à Agência Aracaju de Notícias.
Por Josafá Neto