A Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe (Fapese), no dia 18 de março, firmou parceria com o Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio) para o desenvolvimento do projeto intitulado “Convert - Conservação e Recuperação da Caatinga do Mona do São Francisco”.
A Fapese e a equipe coordenada pelo professor Elias Gutierrez Carnelossi, do Núcleo de Zootecnia do campus do Sertão, aprovaram o Convert na seleção do Edital 06/2019 do Funbio, ligado ao projeto GEF-Terrestre: Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal.
O GEF Terrestre trata-se de um projeto do governo brasileiro coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), tendo como agência implementadora o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e como agência executora o Funbio. É executado por meio de unidades operativas situadas no MMA, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, unidades de conservação (UCs) e órgãos estaduais.
O objetivo geral do projeto é elaborar e implantar plano de recuperação de áreas degradadas de vegetação do bioma Caatinga no interior e entorno da Unidade de Conservação Monumento Natural (Mona) do São Francisco do município de Canindé do São Francisco, de no mínimo 60 hectares, com diagnóstico e caracterização do solo, flora, fauna, além da construção de um viveiro de mudas.
O projeto terá duração de três anos e deverá promover a restauração florestal com participação da comunidade, garantir a conservação e manutenção da caatinga, ainda gerar benefícios estimulando e capacitando a cadeia produtiva de produtos não madeireiros provenientes da UC.
Segundo o coordenador, “o projeto foi elaborado com a missão de fazer diferente, permitindo a interação de conhecimento com a participação de vários pesquisadores e, com isso, acompanhar e verificar o impacto nos fatores chave ecossistêmicos como solo, flora, fauna, água e homem, aumentando assim a eficiência e duração dos trabalhos de conservação e restauração da biodiversidade da Caatinga”.
Para atingir estes objetivos, os trabalhos foram distribuídos sob a responsabilidade e participação de sete docentes da UFS: campus do Sertão: Nailson Lima Santos Lemos (Núcleo de Zootecnia), Marcos Eric Barbosa Brito, Tiago Barreto Garcez, Lucas Resmini Sartor (Núcleo de Agronomia); e do campus de São Cristóvão: Laura Jane Gomes (Departamento de Engenharia Florestal); André Quintão de Almeida e Diego Campana Loureiro (Departamento de Engenharia Agrícola); além do engenheiro florestal Thadeu Ismerim Silva Santos.
As ações contemplam estimar e monitorar detalhadamente as áreas específicas degradadas e recuperadas de Caatinga da Mona São Francisco utilizando Geotecnologias e Aeronave Remotamente Pilotada (ARP); incentivar, envolver e capacitar comunitários locais, provendo remuneração para eles dando ênfase a igualdade de gênero nos processos; instalar um viveiro de mudas com sistema de captação de água de chuva e reutilização de água de drenagem na Mona do rio São Francisco; avaliar e monitorar a qualidade dos solos encontrados na área por meio de suas características morfológicas, químicas e físicas; dentre outras.
Parcerias
Conta ainda com as parcerias do Sebrae, Secretaria Municipal de Agricultura, Água e Meio Ambiente de Canindé do São Francisco e do viveiro de mudas da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e com a cooperação do chefe da UC Mona do São Francisco do Instituto Chico Mendes de Conservação para Biodiversidade (ICMBio).
Núcleo de Zootecnia do campus do Sertão