Uma reunião, realizada na última quarta-feira, 28, iniciou o debate sobre a possibilidade de implementar o teletrabalho na Universidade Federal de Sergipe (UFS). A comissão, que vai verificar a viabilidade e elaborar documento sobre o Programa de Gestão da universidade, foi nomeada por meio da Portaria Nº 74/2021/GR.

"A UFS tem procurado se adequar ao contexto que configura o modelo multifuncional do trabalho. A modalidade de teletrabalho para prestação de serviço é legítima e deve ser discutida com toda a comunidade acadêmica, no âmbito de suas representações, compreendendo que sua natureza requer avaliar as possibilidades e limites de cada serviço e as condições de trabalho dos servidores. Destacamos que o teletrabalho não deverá ser uma obrigatoriedade, e sim uma opção a mais para os que desejarem participar", explica Liliádia Barreto, reitora pro tempore da UFS.

A equipe tem como finalidade analisar e discutir não só a Instrução Normativa Nº 65, de julho de 2020, que possibilita o teletrabalho dentro do Programa de Gestão e apresenta os critérios e procedimentos gerais a serem observados, mas também como a modalidade pode ser benéfica para servidores e instituição.

“Precisamos ir com calma. Esse foi um primeiro momento, uma primeira reunião para que possamos entender e investigar o que é mais adequado para todos os envolvidos”, comenta Thaís Ettinger, pró-reitora de Gestão de Pessoas e presidente da comissão.

Outro ponto levantado foi a necessidade de diferenciação entre o teletrabalho e o trabalho remoto emergencial, alternativa adotada por conta da pandemia do novo coronavírus. “Por mais que a definição esteja explicitada na IN Nº 65, ela se alinha um pouco com o trabalho remoto, então é preciso estabelecer indicadores”, afirma Robeto Wagner, membro da equipe.

Desenvolvimento da comissão

Além das 10 pessoas já nomeadas, a Associação dos Docentes (Adufs) e o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação (Sintufs) também puderam indicar representantes para a comissão.

Ainda de acordo com a pró-reitora Thaís, o teletrabalho pode ser, em certos casos, uma alternativa para o trabalho presencial, porém é preciso fazer um levantamento das intenções e condições dos servidores.

"Considero que seja importante levantar a opinião dos nossos servidores, talvez por meio de questionários, e saber o que pensam ou como imaginam que poderia ser o Programa de Gestão. Acredito que esse poderá ser o caminho mais adequado, afinal gestão dentro da universidade deve ser feita com todos e para todos", afirma.

O grupo deve apresentar ao Gabinete da Reitora, em 45 dias, a primeira versão de uma proposta a ser encaminhada para discussão e aprovação pelo Conselho Universitário.

Ascom

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