Seg, 26 de abril de 2021, 10:59

Projeto de extensão busca instruir pessoas sobre enfrentamento às fake news
Assunto será abordado na programação da Rádio UFS

Fake news significam mentiras, conteúdos enganosos e comprometedores que atingem as pessoas de uma forma negativa e podem ter consequências graves. Essas notícias falsas vêm sendo cada vez mais disseminadas por meio de redes sociais. Neste momento de pandemia, nem os assuntos relacionados à saúde saem ilesos.

O projeto de extensão “Desinformação: funcionamento, consequências e combate”, coordenado pela professora Zenith Delabrida, do Departamento de Psicologia da UFS, e Mário Martins, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, tem como objetivo debater formas de ação que podem ser tomadas diante de notícias caracterizadas como fake e desinformativas sobre a Covid-19.

De acordo com Mário, o projeto pretende fornecer um arcabouço instrumental para o público de modo que possa atuar ativamente no combate às notícias falsas.


Mário Martins é pesquisador da Fundação Getúlio Vargas. (fotos: Aquivos pessoais)
Mário Martins é pesquisador da Fundação Getúlio Vargas. (fotos: Aquivos pessoais)

“Visamos proporcionar informações sobre as diferentes estratégias de enfrentamento desses conteúdos, desde a necessidade de articulação no nível macro para o desenvolvimento de regulamentações até o nível cotidiano das interações, no qual se pode fazer uso de sites de checagem de informação para evitar a adesão a esses conteúdos”, explica.


A professora Zenith Delabrida representa a UFS na coordenação do projeto
A professora Zenith Delabrida representa a UFS na coordenação do projeto

Por ser um assunto ligado ao campo jornalístico, e após conversas com a coordenação de Jornalismo do Departamento de Comunicação Social, foi pensada uma parceria com a Rádio UFS para idealizar um programa com debates acerca do tema. De acordo com Josafá Neto, coordenador de Jornalismo da Rádio UFS, a função social da mídia se tornou ainda mais relevante diante da circulação de notícias infundadas.

“A ideia é produzir quadros de curta duração para a programação da rádio, tirando dúvidas comuns da população sobre o assunto, esclarecendo o que é verdade ou mentira de forma simples, objetiva e acessível ao público em geral, como é a linguagem do rádio”, compartilha Josafá.

As questões relacionadas às fakes news não encontram eco apenas nos debates referentes à qualidade do trabalho jornalístico. Elas se esbarram também em graves consequências relacionadas aos prejuízos à saúde emocional das pessoas. É o que explica Kedma Valéria, aluna do 6º período de Psicologia e voluntária do projeto.

“A desinformação se faz presente causando danos emocionais e psicológicos, além de prejuízos à saúde e à política”. Ela espera que o projeto contribua com a melhor compreensão do fenômeno. “Minhas expectativas giram em torno do impacto que esse projeto pode ter para a comunidade e para a vivência das pessoas no lidar com as informações que recebem e como as compreendem”.


Kedma Valéria: "A desinformação se faz presente causando danos emocionais e psicológicos, além de prejuízos à saúde e à política"
Kedma Valéria: "A desinformação se faz presente causando danos emocionais e psicológicos, além de prejuízos à saúde e à política"

Além do programa na Rádio UFS, terá transmissões pelas redes socais (local e horário ainda estão sendo definidos). O projeto terá início em maio. O projeto é composto ainda pela voluntária Kilvia Barbosa.

Érica Xavier (bolsista Proex)

Luiz Amaro (editor)

comunica@academico.ufs.br

*Mário Martins é pesquisador da Fundação Getúlio Vargas e não professor do Departamento de Psicologia da UFS, como informado anteriormente na matéria. A informação foi corrigida às 13h12 desta terça, 27.


Atualizado em: Ter, 27 de abril de 2021, 14:14
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