Uma parceria entre o Laboratório de Ecologia de Ecossistemas da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (LAPIG-UFG) gerou recentemente uma série temporal de mapas de estoque de carbono em solos sob pastagem para o Brasil.
De acordo com o professor do Departamento de Ecologia da UFS, Alexandre Pinto, que coordena a equipe responsável pela criação da série de mapas, a iniciativa fará parte da Coleção 7 de MapBiomas, feito que vem gerando mapas de cobertura e uso do território brasileiro nos últimos anos. “O MapBiomas é uma iniciativa do Observatório do Clima, co-criada e desenvolvida por uma rede multi-institucional, envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia. O propósito é mapear anualmente a cobertura e uso da terra do Brasil e monitorar as mudanças do território”, explica o professor.
Para ele, este produto torna a UFS protagonista nos esforços do governo brasileiro para gerar conhecimento relacionado à redução dos impactos da agropecuária nas emissões de gases do efeito estufa (GEE). “Lembrando que este setor de atividade, de forma direta e indireta, contribui com mais de 70% das emissões anuais de GEE do Brasil. Considerando toda a área utilizada no Brasil para o uso da terra, três quartos dela são cobertas por pastagens”, complementa o professor Alexandre.
Esforços
A equipe de modelagem ambiental tem como componentes, além do professor Alexandre, a pesquisadora Maiara Pedral, que é mestre em Ecologia e Conservação pela UFS, e o doutor Claudinei Santos, do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da UFG. “O doutor Laerte Ferreira, da UFG, coordena a geração dos produtos sobre pastagem no âmbito do MapBiomas. Devido à grande capacidade computacional demandada na construção dos mapas, após o processo de ajuste dos parâmetros de modelagem, os mapas são gerados no LAPIG-UFG”, informa Alexandre Pinto.
“Este produto, resultante da parceria entre o Laboratório de Ecologia de Ecossistemas da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (LAPIG-UFG), torna esta equipe protagonista na contribuição com os esforços do governo brasileiro de geração de conhecimento relacionado à redução dos impactos da agropecuária nas emissões de gases do efeito estufa”, reforça o professor Alexandre.
Ascom