A Universidade Federal de Sergipe (UFS) conheceu os resultados da aferição dos seus programas de pós-graduação. A avaliação, feita a cada quatro anos, é realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu em todos os estados brasileiros.

O coordenador de pós-graduação da UFS, Gladston Rafael Santos, esclarece que os programas têm notas 3, 4, 5, 6 e 7, sendo que 6 e 7 são os programas de excelência. “As notas são a partir de 3, abaixo de três é o conceito A, é o programa novo, recém-criado, que não recebe nota inicial, recebe conceito. Então a Capes faz essa avaliação dos programas para aferir em relação a esse conceito se o programa se mantém no conceito que está, se ele sobe de conceito ou se ele desce de conceito. É a partir de cada condição dessa que a gente tem a evolução, a consolidação, ou não, do programa. O programa inicia em 3, a partir do momento que ele evolui para nota 4, ele tem a possibilidade de submeter à Capes a proposta de doutorado”, detalha Gladston.

Com o resultado preliminar da avaliação quadrienal da Capes, a UFS passa a ter dois programas com conceito 6, oito com conceito 5, 32 com conceito 4 e 14 com conceito 3. Em comparação à última avaliação, a universidade registra 42% de melhora nas notas dos programas de pós-graduação.

“Os programas 4 em sua maioria são programas de mestrado e doutorado. Evoluiu, ele passa para a nota 5, é um programa mais consolidado, e o 6 e 7 são os programas de excelência. A universidade tem mais de 50 programas de pós-graduação. A gente é jovem de certa forma dentro da pós-graduação, mas temos um quantitativo grande de programas com notas 3 e 4”, informa.

Complexidade

De acordo com o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFS, Lucindo Quintans, a avaliação da Capes é realizada de forma quadrienal, verificando todo o Sistema Nacional de Pós-Graduação Brasileiro, que hoje tem mais de 7.500 cursos sendo avaliados.

“É um trabalho muito complexo, porque avalia cinco pilares da pós-graduação brasileira, levando em consideração indicadores qualitativos e quantitativos que os programas de pós-graduação produzem. Outra coisa que é muito bem avaliada é a questão da qualidade das teses e dissertações que são produzidas. Recentemente, pela primeira vez na história da UFS, tivemos duas teses premiadas na Capes. Uma na área de saúde e outra na área de humanidades, o que é muito bom, mostra que temos trabalhos de qualidade desenvolvidos nessas áreas”, lembrou Lucindo.

“Esse ano, em um planejamento estratégico desenvolvido desde 2017 na UFS, trabalhamos para que a universidade mudasse de patamar no sentido de consolidação dos seus programas”, destacou.

“A UFS obteve um resultado expressivo e digno de nota nesta avaliação. Para se ter noção do impacto do resultado e da evolução de nossa pós-graduação, cerca de 40% dos PPGs nota 3 evoluíram para nota 4, portanto estando passíveis de solicitar doutorado”, comentou Lucindo.

Para ele, com os programas chegando ao estágio de possuírem doutorado, a evolução muda a UFS de patamar dentro do cenário atual da pós-graduação brasileira. “Outro objetivo que é fantástico para Sergipe, não apenas para UFS, é que temos nossos primeiros cursos com nota 6, considerados de excelência: um programa gestacionado e desenvolvido na UFS e outro em rede”, destacou.

O coordenador de pós-graduação da UFS, Gladston Rafael Santos, complementa a informação.“Hoje Sergipe e Alagoas, por exemplo, não tinham programa com notas 6 e 7 dentro das federais. Então essas notas são um ganho absurdo, um ganho maravilhoso passar a fazer parte desse grupo. Como a gente vem acompanhando os programas e o que eles vem fazendo ao longo desses quatro anos em atividades de pesquisa, em atividades de publicação, em atividades de inserção social, de internacionalização, é possível fazer a leitura do relatório, ver os indicadores da área e comparar como o programa está em relação aos indicadores da área e como é que o programa está em relação aos demais da área”, declara o coordenador.

Características

A característica central da avaliação da Pós-Graduação é ser realizada por pares, com base em informações anuais públicas e transparentes, registradas em separado por cada PPG na plataforma comum ao Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), a Plataforma Sucupira. Os PPGs se distribuem em notas 3 (regular), 4 (bom) e 5 (muito bom), e destes últimos se destacam os programas excelentes, com notas 6 e 7, que constituem referências para as Áreas.

Para o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFS, Lucindo Quintans, os programas de pós-graduação (PPGs) são um espaço indispensável para a formação de pesquisadores e produção científica no Brasil. “Com o resultado preliminar da quadrienal, o programa com nota 4 está habilitado à proposta de doutorado, e ele submeteria essa proposta até janeiro próximo, dentro do planejamento. A gente tem essa evolução de programas 3 para 4, a consolidação de alguns programas nossos de 4 para 5 e a evolução também de alguns programas que são 5 para 6, entrando no grupo de excelência”, explica Lucindo.

Ascom