Ocorrendo em todos os campi, com 365 projetos cadastrados, foi aberta nesta segunda, 7 e segue até a sexta-feira, 11, a oitava edição do maior evento promovido pela Universidade Federal de Sergipe, a Semana Acadêmico-Cultural, que este ano discute o tema “Ciência, Educação e Inclusão em tempos de crise”.
Para o reitor Valter Santana, “a Semac cria essa possibilidade de interação e diálogo com o objetivo de que os estudantes adquiram competências e habilidades tão necessárias para o futuro, para além das habilidades técnicas que aprendem em sala de aula”.
“Há um leque enorme de oportunidades de cursos, palestras, workshops, oficinas e também eventos culturais, todos gratuitos e com certificação, com a proposta de integrar docentes, discentes, gestão e toda a sociedade sergipana”, conta a professora Sueli Pereira, pró-reitora de Extensão (Proex) e organizadora da Semac.
A abertura oficial do evento ocorreu à noite, no Auditório Libório Firmo, na Cidade Universitária, e contou com apresentação dos músicos Paulinho Araújo e Lari Lima, além do poeta João Vitor Fernandes. A palestra de abertura foi proferida pela professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Olgária Chain Féres Matos, tratando do tema “Educação e Eros: a Universidade e o Contemporâneo”.
Confira a transmissão da cerimônia de abertura aqui. Confira a programação geral.
Mais cedo, tiveram início as programações dos encontros de Iniciação Científica (EIC), em sua 35ª edição, e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (EIDTI), na 14ª edição. As apresentações de trabalhos ocorrerão nos formatos de pôster digital e comunicação oral.
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+ Confira a programação completa do EIDTI
“É o nosso primeiro ano presencial depois da pandemia, segunda vez no prédio da Didática 7, que é o ‘prédio da pesquisa’”, diz Renata Costa Bonifácio, coordenadora de pesquisa da UFS e organizadora do EIC. “A expectativa é de muitos estudantes e professores apresentando os resultados dos seus projetos de iniciação científica, em oito áreas do conhecimento, e mais o Colégio de Aplicação, abrangendo o Pibic do Ensino Médio”, projeta Renata.
Antônio Martins, coordenador da Cinttec (Coordenação de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) e organizador do EIDTI, afirma que o primeiro encontro pós-pandemia está sendo aguardado por toda a comunidade científica. “Os alunos estão animados, os orientadores estão animados, nós que organizamos o Pibit estamos muito animados, então a gente tem certeza que mais uma vez o EIDTI vai ser um sucesso”, prospecta.
O estudante Agnaldo de Santana Santos cursa Engenharia Agrícola e participa como voluntário do Programa de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibit). O aluno desenvolveu com seu orientador uma sonda para monitorar grãos armazenados e antecipar, por exemplo, ações de prevenção a pragas.
“Produzimos uma sonda, que será inserida em silo bolsa, para monitorar os dados de umidade intergranular, temperatura e concentração de CO2 [dióxido de carbono]. Esses dados permitirão detectar se o silo bolsa foi violado, se está havendo alguma infestação de praga – neste caso, a temperatura do grão aumentaria, ocasionando uma maior propagação”, explica o discente, orientado pelo professor Welington Gonzaga do Vale.
“No silo bolsa, não é possível fazer uma aeração, aplicar um inseticida, pois é um sistema hermético. Então, havendo esses dados antecipadamente, é possível uma ação mais rápida para evitar a perda dos grãos”, acrescenta Agnaldo, que apresentou seu trabalho nesta segunda-feira.
Já Anailson Santos Silva é aluno de Engenharia Eletrônica e participa do Programa de Iniciação Científica (Pibic), também como voluntário. Ele colabora no projeto do professor Bruno Otávio Prado, de Ciência da Computação, para o desenvolvimento de uma infraestrutura de simulação para sistemas ciber físicos.
Os CPS (sigla em inglês para Cyber-Physical Systems) são um sistema composto por elementos computacionais colaborativos com o intuito de controlar entidades físicas, como por exemplo, uma plataforma de automação de uma indústria. A infraestrutura da qual Anailson é colaborador permitirá simular a execução de diferentes tipos de sistemas.
“Meu projeto consiste em modelar computacionalmente a arquitetura dos microcontroladores ABR, que é uma das arquiteturas usadas no desenvolvimento de sistemas ciber físicos. O projeto foi focado na correção de alguns erros das implementações anteriores, adicionar algumas melhorias de performance na visualização da simulação e implementar alguns periféricos novos”, descreve o discente.
As apresentações e demais eventos do EIC e do EIDTI prosseguirão até sexta-feira, 11, quando acontecerá o encerramento no auditório da Didática 7.
Ascom UFS
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