Qua, 16 de novembro de 2022, 17:15

'Semac da celebração' é encerrada com auditório lotado e prêmios Destaque
Primeira Semana Acadêmico-Cultural fecha programação com premiação das pesquisas de alunos e professores
Fotos: Schirlene Reis - Ascom UFS
Fotos: Schirlene Reis - Ascom UFS

A oitava edição da Semana Acadêmico-Cultural da Universidade Federal de Sergipe (Semac/UFS) foi a primeira realizada de forma presencial após o período grave da pandemia do novo coronavírus. Encerrada nesta sexta-feira, 11, a Semac premiou estudantes e professores que apresentaram suas pesquisas nos encontros de Iniciação Científica (EIC) e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (EIDTI).

A “Semac da celebração”, conforme descreveu o pró-reitor de pós-graduação e pesquisa, Lucindo Quintans, envolveu centenas de atividades de extensão, pesquisa, ensino e empreendedorismo, mobilizando toda a comunidade acadêmica.

“Não imaginávamos que estaríamos vivos hoje, pois enfrentamos a pior pandemia dos últimos cem anos. O que criou esperança para que estivéssemos aqui novamente, neste auditório cheio, pleno, foi a ciência”, afirmou Lucindo. “Ciência, essa, tão atacada e desvalorizada”, completou ainda o docente.


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“Vivemos tempos difíceis”, comentou também o reitor Valter Santana, “mas nutrimos esperanças de no futuro termos uma mudança no nosso paradigma, termos o reconhecimento que a universidade faz por merecer”, enfatizou.

Coordenadora da organização da 8ª Semac, a pró-reitora de extensão Sueli Pereira agradeceu as pessoas envolvidas no desafio de fazer a Semana acontecer.


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“A Semac é um evento desafiador, gigante, mas ficamos gratificados por ver a magnitude do que a universidade faz na formação, na extensão, na pesquisa, na tecnologia”, pontuou. “Muita coisa acontece e, nesse momento, a gente consegue mensurar, socializar, integrar”, acrescentou.

Essenciais para a Semac acontecer, dezenas de estudantes colaboraram no suporte às diversas atividades realizadas. Alanna Santos é uma delas. Estudante de Fìsica Médica, ela colaborou nas palestras do centro de seu curso – o de Ciências Exatas e Tecnologia. “Com isso tive a oportunidade de conhecer outros cursos, foi importante para minha formação também”, comentou.


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Alanna participa de um projeto de extensão chamado Física Show. “O objetivo é buscar expandir os conhecimentos de física para as escolas, mostrando que a física pode ser divertida, não são apenas cálculos e teorias como a gente vê na escola, ela pode ser trabalhada de forma lúdica e divertida”, contou a discente. “Realizamos atividades do projeto no Encontro Sergipano de Fìsica [que ocorreu durante a Semac], acrescenta Alanna, demonstrando a interação que a Semana Acadêmico-Cultural proporciona.

A cerimônia de encerramento foi aberta por uma apresentação musical da Orquestra Jovem de Sergipe, acompanhando a cantora Winnie Souza.


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Prêmio Destaque

O desfecho da Semac coincide também com o encerramento dos encontros de Iniciação Científica (EIC) e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (EIDTI) – sendo, neste ano, a 32ª e 14ª edições, respectivamente. Os melhores trabalhos receberam o Prêmio Destaque (confira a lista de premiados ao final desta reportagem).

Durante a Semana, estudantes e professores apresentaram os resultados de suas pesquisas desenvolvidas ao longo do último ano, nos diversos programas de fomento à iniciação científica e de desenvolvimento tecnológico e inovação.


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Um deles foi Agnaldo de Santana Santos, aluno de Engenharia Agrícola. Contamos sobre a pesquisa dele na cobertura das apresentações dos trabalhos. O estudante, orientado por Welington Gonzaga do Vale, desenvolveu uma sonda para monitorar grãos armazenados e antecipar, por exemplo, ações de prevenção a pragas.

“A gente vem trabalhando, vem se dedicando ao máximo durante o ano todo, então claro que ficamos na expectativa. O importante é trabalhar, se dedicar, consequentemente os resultados vêm”, comemorou o discente premiado no EIDTI, em primeiro lugar, na categoria Pôster Digital da área de Ciências Agrárias.


Agnaldo de Santana Santos, aluno de Engenharia Agrícola, e seu orientador Welington Gonzaga do Vale.
Agnaldo de Santana Santos, aluno de Engenharia Agrícola, e seu orientador Welington Gonzaga do Vale.
Primeira colocada na área de Ciências Humanas, Lauany Rodrigues dos Santos foi orientada por João Paulo Attie.
Primeira colocada na área de Ciências Humanas, Lauany Rodrigues dos Santos foi orientada por João Paulo Attie.

“É uma tecnologia que a gente sabe que pode ser aplicada, que vai beneficiar principalmente pequenos e médios produtores, então a gente fica super feliz”, observa Welington. “Tivemos muitas dificuldades, pegamos uma parte importante da pandemia, mas conseguimos realizar o trabalho”, aliviou-se o docente.

Primeira colocada na área de Ciências Humanas, também na categoria Pôster Digital do EIDTI, Lauany Rodrigues dos Santos desenvolveu uma pesquisa para identificar e classificar atividades de ensino de matemática para deficientes visuais em eventos da área.


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Ela e seu orientador, João Paulo Attie, pretendiam também elaborar um portal para disponibilizar essas atividades para professores, mas essa etapa foi prejudicada pela pandemia, o que não interferiu no reconhecimento da relevância da pesquisa pelos avaliadores. “A gente queria, por exemplo, fazer uma capacitação no Departamento de Computação [para a construção do portal], mas não foi possível”, esclareceu o docente.

“A pesquisa foi importante para mim, mostrou como é essencial que o professor saiba ministrar para alunos com deficiência, e como é difícil para o docente ter uma preparação para lidar com a educação inclusiva”, contou Lauany.


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“Esses estudantes [com deficiência visual] precisam aprender matemática de forma significativa, não apenas pela memorização, ou seja, as atividades não podem ser ‘tradicionais’, isto é, focando na repetição. O aluno com deficiência tem que sentir na prática, tem que sentir as coisas para poder entender”, argumentou a estudante.

“Eu, como futura professora de matemática, percebo que preciso ir em busca da formação continuada para me capacitar para atender esses alunos”, avaliou Lauany.


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“As atividades encontradas foram quase sempre classificadas como tradicionais”, explicou ainda João Paulo. “Então, ainda que existam essas atividades, a gente ainda precisa dar um salto para que elas sejam realmente inclusivas”, observou.

“A premiação, o reconhecimento, dá mais um gás para continuar [a pesquisa]”, arrematou Lauany.

Marcilio Costa - jornalista

comunica@academico.ufs.br


Atualizado em: Qua, 16 de novembro de 2022, 18:04
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