Destaque internacional em rankings de Pesquisa, a Universidade Federal de Sergipe vem buscando formas de aprimorar seus indicadores acadêmicos em uma outra área, a do ensino.
Por meio de ações orientadas a resultado, com base em painéis de monitoramento, relatórios analíticos e reuniões técnicas entre os vários níveis de gestão, especialmente entre a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) , Campi, Centros e Departamentos, a UFS conseguiu recuperar a taxa de sucesso do período pré-pandemia.
Passando de 28,5% em 2021 para 41,2% em 2022 – um aumento de 13 pontos percentuais –, os dados demonstram melhora individual em todos os centros e campi.
Medindo a relação entre os alunos que ingressam e aqueles que concluem o curso, a taxa de sucesso é um dos principais indicadores de desempenho acadêmico, utilizado pelos órgãos de controle e pelo próprio Ministério da Educação para monitorar e avaliar o desempenho das universidades.
A busca de aprimoramento deste indicador constava como um dos alvos do atual Plano de Desenvolvimento Institucional da UFS, que compreende metas para o período de 2021-2025.
“É necessário destacar a velocidade com que a UFS recuperou o nível de pré-pandemia. Nossa taxa de sucesso vinha crescendo desde 2014, chegamos a quase 43% em 2019, e com a pandemia havíamos caído abaixo de 29%”, aponta Kleber Oliveira, responsável pela Superintendência de Indicadores de Desempenho (SIDI).
O reitor Valter Santana credita a rápida recuperação “ao empenho das diversas pró-reitorias e dos diversos departamentos da universidade, orientados pela SIDI e Prograd. Conseguimos construir diversas ações de apoio acadêmico, de pesquisa e extensão que estivessem ligadas ao sucesso acadêmico”, explica.
Ações adotadas
Durante o ano de 2022, a gestão da UFS realizou diversas reuniões com departamentos, diretores de campi e centros, tratando de ações voltadas para o aumento do número de concludentes, e medidas para a redução dos índices de evasão e retenção.
"Discutimos as taxas de cada departamento e apresentamos medidas que poderiam colaborar para que a melhora. Inclusive, alguns departamentos, por apresentarem números mais preocupantes, tiveram reuniões específicas com o Delib, para ver de que modo poderíamos apoiá-los ainda mais”, explica Dilton Maynard, pró-reitor de Graduação (Prograd).
Além disso, as reuniões discutiram a concessão de bolsas, alimentação, auxílio, cultura e esporte, atendimento psicológico, e início de período, visando a permanência do estudante.
Por meio da criação de um painel de monitoramento da graduação, a SIDI ofereceu a todos os chefes a possibilidade de monitoramento de cada um dos alunos de seu departamento, permitindo enxergar as necessidades específicas para complemento de cada currículo.
A superintendência disponibilizou também um dashboard com a lista nominal dos alunos que já cumpriram pelo menos 75% dos créditos (o chamado top 25), bem como relatórios analíticos com indicadores básicos para melhoria da graduação, que serviram de guia para os centros.
Na Prograd, Dilton destaca ainda a promoção de um período complementar, criando espaço para que alguns departamentos oferecessem atividades práticas. E frisa: “O maior mérito é dos departamentos, dos docentes; alguns aumentaram a oferta para que os estudantes pudessem cursar as disciplinas que faltavam”.
Perspectivas
O objetivo da UFS, entre as metas do PDI, é atingir uma taxa de sucesso de 55% em 2025. Entre as ações previstas para alcançar essa nível, além das que já estão em curso, está a criação e divulgação, pela Prograd, de um plano de desenvolvimento acadêmico.
“Vamos disponibilizar um conjunto de ações para os próximos meses com o que pretendemos fazer com esse objetivo de aumentar a taxa de sucesso e diminuir a evasão, e pedir que cada centro formule propostas que possam se juntar a esse documento norteador”, explica Dilton.
“Estamos dentro da média nacional. É pouco ainda, mas continuaremos trabalhando com foco na organização administrativa para que, baseados nas nossas metas, possamos aumentar ainda mais essa taxa de sucesso e, em paralelo, diminuir a de evasão”, conclui Valter.
Para saber mais, confira o relatório produzido pela SIDI.
Ascom UFS
comunica@academico.ufs.br