
O Governo Federal anunciou, nos últimos meses, reajustes nas bolsas de estudantes de graduação e de pós-graduação. Além delas, as bolsas dos programas próprios da Universidade Federal de Sergipe também receberão reajuste. A novidade foi comunicada pelo reitor Valter Santana e sua equipe às lideranças do Diretório Central dos Estudantes (DCE) na última sexta-feira, 28.
As bolsas de Iniciação Científica (IC) e de Iniciação Tecnológica (IT) financiadas com recursos do orçamento da UFS, além daquelas vinculadas a programas próprios da universidade, como o Prolice e o Piaex, aumentarão de R$ 400 para R$ 700, equiparando-se aos valores financiados pelo Governo Federal, representando um aumento de 75%. A iniciativa cobre o tripé da missão universitária, envolvendo ensino, pesquisa e extensão.
Segundo o reitor, Valter Santana, a UFS recebeu uma recomposição orçamentária, porém, em valor abaixo do que havia sido requerido pela gestão, assim como, insuficiente para cobrir as necessidades da instituição. Foi preciso, ainda segundo o gestor, realizar um estudo minucioso para garantir o reajuste das bolsas. Os estudantes receberão o novo valor a partir da competência do mês de junho, a serem depositados em julho.

“Não recebemos o orçamento dentro daquilo que pedimos e almejávamos, por isso precisamos fazer contas para garantir aquilo que é estratégico para a universidade”, argumentou o dirigente. “Levamos esse tempo para organizar nosso orçamento, a fim de que pudéssemos garantir esse reajuste”, reforçou.
“Fizemos um esforço para que vocês, alunos, possam ter a oportunidade, por meio desses programas, de qualificar a formação. Acreditamos que não é só dentro da sala de aula que o estudante será qualificado, por isso esse aumento justo e aguardado ansiosamente”, afirmou Valter.
“É maravilhoso, depois de diversas lutas dos estudantes, contra os cortes de verba, contra a diminuição de bolsas, conseguirmos finalmente ter um governo que consiga ver a importância de investir na educação”, analisou Bruna Fernando, presidenta do DCE. “Ter esse retorno da universidade, de forma direta, também é muito importante”, completou a discente.

Ensino, pesquisa e extensão
Os reajustes cobrem o tripé acadêmico, garantindo novos valores nas bolsas dos diversos programas da universidade. Além dos programas de Iniciação Científica (Pibic) e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), financiados pela UFS em parceria com órgãos de fomento, como o CNPq, foram beneficiados o Programa Institucional de Extensão (Piaex) e o Projeto Licenciandos na Escola (Prolice), que têm financiamento próprio da universidade.
Com o aumento das bolsas do Piaex, a UFS garante a manutenção dos projetos de extensão nos mesmos parâmetros das bolsas financiadas pelo Governo Federal. O Prolice é complementar aos programas de Iniciação à Docência (Pibid) e de Residência Pedagógica (PRP), financiados pelo Governo Federal. Com o reajuste, os discentes que participam do Prolice receberão o mesmo valor dos bolsistas do Pibid e PRP.

Pós-graduação
O Governo Federal havia anunciado em fevereiro um reajuste nas bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), concedidas a estudantes e pesquisadores de pós-graduação.
As bolsas de mestrado passaram de R$ 1.500 para R$ 2.100, as de doutorado, de R$ 2.200 para R$ 3.100, enquanto as bolsas de pós-doutorado cresceram 25%, mudando de R$ 4.100 para R$ 5.200.
Ascom
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