
Um evento para homenagear a Universidade Federal de Sergipe (UFS) por seus 55 anos foi marcado por discursos enfatizando diálogo e parceria com olhos na “UFS do futuro”. A Câmara de Vereadores de Laranjeiras, realizou no fim da tarde desta terça-feira, 16, uma sessão especial em alusão à efeméride da universidade.
“Estamos aqui hoje na Câmara de Laranjeiras, que é a casa do povo laranjeirense, para comemorar uma instituição que foi pensada e criada para a sociedade sergipana, e para poder relembrar a história da instalação de um campus que é importante não só para a universidade, mas para a população de Laranjeiras”, enfatizou o reitor Valter Santana.

O percurso da UFS em Laranjeiras envolve constante diálogo para que o campus e o município estejam cada vez mais integrados.
“O campus de Laranjeiras tem, obviamente, pelo resgate cultural que a cidade representa e os cursos que a gente oferta aqui, uma íntima relação com essa cultura”, disse Valter. “E aqui estamos para debater com os vereadores de Laranjeiras, com a sociedade laranjeirense, para que esse projeto não seja um projeto da universidade, mas sim da sociedade, de forma integrada”, acrescentou.

Comemorando a oportunidade de receber a UFS na casa legislativa, o presidente da Câmara, Adriano Carvalho, abriu as portas para o diálogo com a gestão da UFS. “Temos o privilégio, que poucas cidades do estado têm, em possuir um campus da Universidade Federal de Sergipe em Laranjeiras”, introduziu o vereador.
“Ficamos muito felizes de ter esse prestígio da UFS estar aqui hoje, dentro da nossa Câmara, de sua gestão estar aqui falando um pouco mais sobre a universidade do nosso estado, do nosso município, e estamos aqui de portas abertas. A Câmara sempre foi parceira da UFS e quer manter sempre essa parceria, procurando fortalecer a educação”, destacou Adriano.
“Nos preocupamos com a possibilidade de redução de cursos e ao mesmo tempo sonhamos exatamente com a ampliação da oferta de cursos no campus”, pondera o presidente. “Acreditamos que isso possa vir a acontecer, inclusive para agregar mais interesse e atratividade ao nosso campus, uma vez que atende o Vale do Cotinguiba e outras cidades mais distantes”, analisou.

Valter Santana endossa a avaliação e a prospecção do presidente da Câmara. “É extremamente relevante, para universidade, ter a possibilidade de investir na cultura, na formação de recursos humanos que sejam importantes para esse cenário, e poder também, nesse momento, planejar até a inserção de novos cursos que sejam de interesse da sociedade laranjeirense, para que a universidade nesse novo momento que se aproxima, nessa nova construção dessa ‘universidade do futuro’, esteja cada vez mais integrada com a sociedade”, finalizou.

Conexão e parceria
É consenso que a Universidade Federal de Sergipe está em Laranjeiras para cumprir um papel de integração com a força que a cidade tem no que se refere à sua história e suas manifestações culturais.
“O campus de Laranjeiras nasceu fruto de uma conjugação de eventos favoráveis. A ideia de um espaço voltado para as artes e a cultura vem desde a origem da UFS. Ter esse espaço numa cidade que pulsa história e tradição cultural, como é o caso de Laranjeiras, é algo extraordinário”, disse Rosalvo Ferreira, vice-reitor.

“Considero que o caminho natural do campus de Laranjeiras é o resgate e valorização das diversas formas de cultura, artes, saberes e fazeres tradicionais, a partir da integração e articulação com os demais campi da UFS”, prospecta.
De acordo com Ana Karina Calmon, a UFS tem muito a comemorar seus 55 anos, especialmente em Laranjeiras, já que o campus do qual é vice-diretora está completando 15 anos.
“Primeiro a felicidade de comemorar a existência de uma universidade pública. Devemos festejar muito, ainda mais saindo de um cenário político adverso como a gente saiu, então agora é um momento de comemoração”, disse.
“São 15 anos do campus de Laranjeiras, o campus da cultura e das artes, dentro do município que respira cultura popular e patrimônio – não só patrimônio histórico, com monumentos, igrejas, mas patrimônio natural, além dos mestres”, reforçou.

Para a professora, presente à sessão na posição diretora em exercício, o momento é de construção de parcerias para pensar novas estratégias na relação do campus com a cidade.
“A reflexão que estou trazendo hoje é exatamente tentando pensar como que, num cenário político, possamos casar as ações políticas com educação, prosperando no universo das artes e da cultura”, comentou.
“Temos afinado e alinhado muitas propostas com diferentes segmentos da prefeitura: a Secretaria de Educação, a Secretaria de Meio Ambiente, a Secretaria de Cultura”, comentou.
“Como exemplo, temos hoje um Grupo de Trabalho formado com a Secretaria de Educação que tem dado frutos muito bacanas. A gente tem a quinta cultural que é resultado disso, assim como a Escola do Departamento de Arquitetura – que chamamos de Trapiche, o escritório modelo –, que tem, além de uma atuação com o patrimônio da cidade, uma realidade de olhar para a comunidade mais necessitada do município, que são os assentamentos”, pontuou.

Apresentação
A sessão da Câmara reuniu vereadores, gestores da UFS e convidados na sede da casa legislativa, instalada em um prédio histórico de Laranjeiras. Na ocasião, houve a apresentação musical do coletivo “Do, Te, Cá”, que faz parte de um projeto de extensão que envolve estudantes e egressos do Departamento de Música. O projeto é coordenado pelos professores Aline Soares Araújo e Daniel Nery.
Ascom UFS
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