Qui, 22 de junho de 2023, 10:39

UFS tem novo programa de doutorado aprovado pela Capes
Universidade ofertará doutorado em Biologia Parasitária

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) recebeu aprovação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio de Apresentação de Proposta para Curso Novo (APCN), do doutorado em Biologia Parasitária. A submissão, feita em 2022, levou em consideração o resultado da avaliação quadrienal 2017-2020, que elevou a nota do Programa de Biologia Parasitária de 3 para 4.

Para o responsável pela Coordenação de Pós-Graduação da UFS (COPGD), Gladston Santos, a pós-graduação da UFS vem passando por um processo de consolidação. “No fechamento da última quadrienal, a UFS teve uma elevação dos conceitos dos seus programas, na faixa de aproximadamente 46% com aumento de nota. A consolidação da pós-graduação se dá muito pelos programas de doutorado. Assim, o programa inicia com o mestrado, depois evolui para o doutorado. Essa aprovação do doutorado em Biologia Parasitária atesta a consolidação do programa, atesta a força que o grupo está tendo enquanto grupo coeso, estruturado”, contextualiza o coordenador.

“O próprio parecer demonstra que o programa tem plena condição de dar esse novo passo, ter esse doutorado aprovado e iniciar as atividades. Isso dá uma nova perspectiva de formação aos alunos, que concluíam o mestrado em biologia parasitária e se deslocavam para outros programas na nossa instituição, na área da saúde como um todo, ou mesmo iam para fora do estado. O aluno agora vai ter a opção de continuar na UFS, dar andamento a aperfeiçoar aquela pesquisa que foi feita no mestrado, trilhando um novo caminho na instituição, e isso é de suma importância”, explica Gladston Santos.

Perspectivas

Além do novo doutorado, a UFS tem mais dois programas tramitando na Capes para aprovação. “Temos o pedido do doutorado do programa em Recursos Hídricos, no qual foi solicitada uma diligência documental pela Capes, que já foi apresentada. Vamos esperar esse julgamento para efetivamente ver se vai ser aprovado ou não. Temos também o pedido do doutorado do programa de pós-graduação em Ciência da Informação e, por último, ainda tem o pedido do programa de Direito, que ainda não foi julgado. E para 2023 ainda devem ocorrer submissões de novas propostas de programa de pós: de doutorado e mestrado”, informa.

“Hoje tínhamos 20 programas de doutorado na universidade, com mais essa aprovação passamos a ter 21. Esperamos aumentar esse número com as propostas que estão para serem julgadas e com novas propostas que venham a ser submetidas”, complementa Gladston.

Indicadores

Para a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária da UFS, Luciane Storti, o processo de aprovação do doutorado teve como ponto de partida um planejamento para melhorar os indicadores do programa. “Na última avaliação quadrienal, que foi de 2017 a 2020, tivemos um trabalho árduo das coordenações, avaliando os nossos indicadores de produção, o corpo docente, a produção do corpo docente, a qualidade das publicações e dos projetos de pesquisa, e isso culminou em uma proposta. Fizemos uma avaliação interna, uma autoavaliação muito detalhada utilizando inclusive uma ferramenta estatística de comparação. Contamos com um estatístico no nosso corpo docente e isso foi muito importante, nos ajudou a enxergar onde estávamos no cenário nacional da pós-graduação. A Capes teve acesso a um relatório completo, com todos os dados, com transparência e teve a possibilidade de ver realmente que a principal limitação que o nosso programa estava passando era a falta de um doutorado”, conta a coordenadora.

“Diferente do mestrado, que ocorre em 24 meses, no doutorado são 48, com projetos mais complexos, de alunos que já chegam com a base. A parasitologia é uma área essencial, que precisa de renovação e que precisa de renovações regionais, porque as doenças infecciosas e parasitárias têm características regionais que esbarram em questões econômicas e sociais, relacionadas a políticas públicas de saúde. Formar profissionais, capacitar profissionais de base na área é algo que foi reconhecido, que tem sido reconhecido pelas sociedades brasileiras de parasitologia, de microbiologia, de imunologia, e essa é uma demanda da região Nordeste. A gente tem observado que os egressos, os mestrandos capacitados no programa de biologia parasitária da UFS estão com muita qualidade, e têm se inserido em cursos de doutorado de grandes instituições, seja das universidades do estado de São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Bahia, então a gente tem produzido mestres com capacitação que tem migrado pra outros grandes centros e isso mostra que eles estão bem formados”, pontua Luciane.

“Quando a gente traz o doutorado para cá, a gente cria a possibilidade não só de exportar profissionais já pré-capacitados, como também trazer esses profissionais que fizeram mestrado em outras instituições para terminar a capacitação aqui, aumentar, ampliar as parcerias”, completa a coordenadora.

Andreza Azevedo - Ascom UFS
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Atualizado em: Qui, 22 de junho de 2023, 10:42
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