Dois novos cursos de doutorados da Universidade Federal de Sergipe (UFS) receberam sua aprovação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio de Apresentação de Proposta para Curso Novo (APCN). Trata-se dos programas de pós-graduação em Recursos Hídricos (PRORH) e Profissional em Ensino de História (PROFHISTOR).
A conquista é fruto do resultado da avaliação quadrienal 2017-2020, que elevou as notas de ambos. É o terceiro programa a ter a oferta de doutorado aprovada depois da nova avaliação – o primeiro foi o de Biologia Parasitária. Com a tríade, a UFS passa a contar com 23 programas de doutorado. A universidade aguarda agora a homologação do resultado pelo Conselho Nacional de Educação para a abertura de processo seletivo.
“No cenário da pós-graduação da UFS, é de extrema importância a aprovação dos doutorados”, avalia Gladston Santos, que chefia a Coordenação de Pós-Graduação da UFS (COPGD).
“A UFS vem, nos últimos anos, consolidando sua pós-graduação com várias ações, com vários prêmios internacionais referentes à classificação da universidade, muito disso dado a resultados da pós-graduação, e com a própria elevação no conceito do fechamento da quadrienal [da Capes]”, comenta. “Agora a gente passa realmente para um outro cenário, que é a ambição de termos o maior número possível de doutorados em nossos programas”, acrescenta o coordenador.
Fortalecendo a educação básica
O PROFHISTOR integra a Rede Nacional de Ensino de História, tem o objetivo de proporcionar formação continuada que contribua para a melhoria da qualidade do exercício da docência em História na Educação Básica.
“A ideia é usar a experiência de sala de aula para qualificar o profissional base da formação em história, que é o professor”, diz Lucas Pinheiro, coordenador do programa.
“Mais um degrau agora, vamos qualificar em nível de doutorado”, comemora Lucas. “A ideia é manter esses professores doutores atuando na educação básica, melhorando o padrão da educação no Brasil, seja em termos de conteúdo, seja em termos de currículos, estratégias, aplicação de políticas públicas – entendendo o ensino de história como uma política pública”, observa o coordenador.
“A Rede Nacional do Ensino de História ultrapassa 50% da verba nacional voltada para a pós-graduação na área de história. São 35 núcleos, com mais de 500 professores e ingresso em torno de 2.000 alunos todo ano. Temos muito orgulho de fazer parte dessa proposta; todos os historiadores que atuam no programa são comprometidos com a educação básica”, comenta o docente. “E agradecemos o apoio da UFS para que nossa proposta fosse aprovada”, completa.
Impactos na sociedade
O PRORH tem foco na formação de recursos humanos altamente qualificados na grande área de Engenharias para o exercício de atividades de ensino, pesquisa básica e aplicada e para atender demandas de desenvolvimento do mercado de trabalho, especificamente na área de Recursos Hídricos.
Segundo Marcos Eric, coordenador do programa, a criação do nível de doutorado representa um processo de consolidação do PRORH.
“A consolidação ocorre com o tempo e em função de ações e atitudes, então desde a criação do programa, em 2012, os professores vêm se empenhando, com o corpo técnico, egressos e profissionais da área de Recursos Hídricos, no sentido de fazer com que o curso tivesse visibilidade, para o crescimento do corpo discente e sobretudo para fazer com que a gente tivesse uma atuação efetiva na sociedade”, analisa.
“A criação do doutorado vem como uma resposta a esse trabalho. E não haverá acomodação”, alerta Marcos. “Pelo contrário, aumenta nossa responsabilidade no sentido de continuar dando à sociedade uma resposta às necessidades e demandas nessa área de Recursos Hídricos. É uma área que tem um leque amplo de ações: vários segmentos na área urbana, na área rural, precisam do uso eficiente dos recursos hídricos”, finaliza o coordenador.
Ascom
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