Foram abertos nesta segunda-feira, 28, na Universidade Federal de Sergipe (UFS), os eventos ‘Os jornais estudantis em Sergipe (1874-1959): práticas educativas pela ótica dos discentes do secundário’ e o ‘X Seminário do Centro de Educação e Memória do Atheneu Sergipense: História da Educação em Diálogo’. A abertura dos eventos foi feita pelo vice-reitor da UFS, Rosalvo Ferreira, que destacou a importância dos temas e falou sobre a integração com outras universidades.
“Aqui existe uma relação institucional entre a Universidade Federal de Sergipe e um grupo de pesquisa que tem como foco a produção do Atheneu Sergipense. Já tem um material catalogado há bastante tempo e, agora, jornais estudantis estão sendo revitalizados. O interessante aqui é essa relação de aproximação da rede estadual, sobretudo o ensino fundamental, com a universidade, com a ideia que os meninos que participam desse evento, frequentando o espaço da universidade, possam pensar e vislumbrar a possibilidade de frequentar os nossos cursos futuramente, observando a área de formação da pesquisa que está sendo objeto desse seminário”, explanou Rosalvo.
Pesquisa
Um dos principais organizadores dos eventos, o professor João Paulo Gama, do Departamento de Educação do Campus de Itabaiana, disse que a iniciativa é fruto de uma pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). “Nós estamos há um ano e meio de pesquisa em desenvolvimento, e temos mais um ano e meio até concluir, então é um evento de avaliação dos trabalhos que já foram realizados, das pesquisas já levantadas em arquivos, como o arquivo público estadual, a Biblioteca Pública Epiphanio Dória e o Instituto Histórico e Geográfico, onde estamos levantando os jornais que foram feitos por estudantes desde o século XIX até o início do século XX em Sergipe, tentando fazer relações desses escritos com outros jornais produzidos em diferentes espaços do Brasil”, resumiu o professor.
“O evento é fruto de uma parceria da UFS com a Secretaria de Estado da Educação, principalmente o Colégio Atheneu, onde temos o Centro de Educação e Memória e também o arquivo público do estado, além da pesquisa desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Pelotas”, mencionou João Paulo.
Ele explicou a relevância da parceria com alunos dos programas de pós-graduação de História e de Educação, além do Departamento de Educação. “Temos alunos do Departamento de Educação, alunos do Colégio de Aplicação da UFS, que fizeram a abertura hoje com o coral, e a ideia é justamente a gente integrar a educação básica com o ensino superior, abordando ensino, pesquisa e extensão, projetos de pesquisa, alunos da pós-graduação que já pesquisam sobre jornais estudantis. Hoje temos dissertações, teses em desenvolvimento pessoas que se interessam, que entendem que a imprensa é uma fonte de pesquisa, uma fonte de estudo, e reconhecem o valor da imprensa”, complementou o professor.
Abertura
A palestra de abertura foi feita pela professora Mônica Jinzenji, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Sou professora da Faculdade de Educação da UFMG e desenvolvi minhas pesquisas relacionadas à análise de jornais na perspectiva histórica, um estudo que faço há mais de 15 anos, então espero poder contribuir com uma reflexão específica sobre jornais estudantis. Espero também que esse seja um evento agradável, interessante e que contribua com as pesquisas em desenvolvimento na Universidade Federal de Sergipe. A ideia é trazer para a discussão dimensões teóricas e metodológicas, tentar dialogar com as pesquisas em andamento”, declarou a pesquisadora.
Os eventos ‘Os jornais estudantis em Sergipe (1874-1959): práticas educativas pela ótica dos discentes do secundário’ e o ‘X Seminário do Centro de Educação e Memória do Atheneu Sergipense: História da Educação em Diálogo’ atraíram pesquisadores como Luana Dias, aluna do Mestrado em Educação na UFS.
“Esse evento tem grande significado para os estudantes, para os pesquisadores que se debruçam sobre a história da educação, especificamente sobre os jornais estudantis no final do século XIX, início do século XX, assim como a importância do Centro de Memórias do Ateneu Sergipense, que também tem uma grande contribuição nas pesquisas em história de educação e na nossa formação profissional”, pontuou Luana.
Ascom UFS
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