
Ao som da Jazz Band Pongatyba, do Departamento de Música, e com o tema “Emergências contemporâneas e transformação social”, foi oficialmente aberta na noite desta segunda, no auditório da Didática VII, a nona edição da Semana Acadêmico-Cultural (Semac), evento consolidado no calendário acadêmico da Universidade Federal de Sergipe.
“Na Semac, departamentos, cursos, centros, superintendências e prorretorias se juntam para tornar viável a oferta de oficinas, seminários, colóquios, apresentações culturais, debates, trocas acadêmicas e ricas vivências entre estudantes, docentes e técnicos. A todos vocês, somos gratos por esses dias que certamente serão de fraternidade e aprendizado”, disse o reitor Valter Santana.



No quarto período de Letras Vernáculas, é a segunda vez em que a estudante Júlia Pereira Silva participa do evento que movimenta a instituição. Dentre as 342 linhas da programação prevista para ocorrer até a próxima sexta-feira, dia 1º de dezembro, ela já sabe bem o que quer.
“As expectativas são altas. Eu não pretendo seguir uma carreira de mestrado e doutorado, a área em que eu pretendo atuar é a Educação Básica mesmo, porque é ali que tudo acontece. E estou interessada no tema das transformações sociais com foco na reformulação da Educação Básica”, conta.



A noite de abertura da Semac contou ainda com um painel com participação da professora Suellen Mayara Peres de Oliveira, pró-reitora de Relações Internacionais e Institucionais da Universidade da Integração Latino-americana (Unila), que tratou do tema "Emergências contemporâneas e transformação social". Este ano, o evento ocorre nos campi de São Cristóvão, Itabaiana, Sertão, Laranjeiras e Lagarto.


Um pouco do primeiro dia
Embora a cerimônia oficial de abertura tenha sido à noite, o primeiro dia da Semac começou cedo e contou com eventos como o minicurso “Como Elaborar uma Monografia”, ministrado pela professora Vera Lúcia Feitosa, do Departamento de Morfologia.
"Ensino nesta instituição há mais de trinta anos, já sou decana, e hoje vou ministrar um minicurso que é algo muito importante, porque sabemos que em todo curso de graduação o aluno tem que fazer uma monografia, e muitas vezes isto se torna um bicho de sete cabeças, quando surgem as perguntas: como é que eu vou fazer? como é que vai ser o tema para desenvolver a monografia? como escolher o orientador? como aprender todas aquelas normas da ABNT para poder desenvolver o trabalho científico?", exemplificou a professora.


Vera Lúcia pontuou que o minicurso foi uma oportunidade para que qualquer estudante da graduação possa se situar quanto à elaboração da sua monografia, requisito fundamental para a obtenção do diploma. "Em quatro horas de minicurso não esgotamos o assunto, porque ele é inesgotável, mas espero pelo menos ter oferecido o básico, para que o discente se norteie no momento em que ele tiver que fazer a monografia, no momento em que ele for elaborar o seu trabalho", complementou a professora.
Quem esteve atenta a todas as explicações da professora foi Anielly Silva, estudante do quarto período do curso de Letras Português - Inglês na UFS. "Todo ano a universidade oferta vários minicursos na Semac, voltados para diversas áreas, e o que é interessante de cada um é porque agrega diversas demandas. É possível se conectar não só com o assunto escolhido, mas também com outras pessoas de outros cursos e de outras realidades", opinou Anielly.
Outro estudante que participou do minicurso foi Daniel Silva, que cursa o quarto período de Fisioterapia na UFS. "Eu me inscrevi nesse curso porque acredito que deve me auxiliar, tanto no âmbito acadêmico quanto na vida pessoal, até para o meu próprio desenvolvimento, é algo que vai engrandecer muito, por isso que eu estava esperando muito por esse curso", disse Daniel.


Em Lagarto
A abertura da programação da IX Semac no campus Lagarto foi realizada com apresentação do Grupo TALT (Técnica Aplicada Lavínia Teixeira). A manhã desta segunda-feira também contou com mesa de abertura, apresentações culturais e palestra magna com a professora Flávia Oliveira, do Departamento de Educação em Saúde, com o tema “Gincanas e Jogos: quem é você nesse cenário?”.
O diretor geral em exercício do campus Lagarto, professor Luis Felipe Souza, destacou que a Semac é um fortalecimento da Universidade para além da sala de aula. “Na Semac, as pessoas podem escolher. A gente trabalha o ano todo justamente para que os alunos possam escolher entre os vários eventos que são realizados dentro da programação. É também uma oportunidade para que as pessoas possam conhecer tudo que o campus tem feito”, explica. Também foi realizado o lançamento oficial da segunda edição da GincampLag, a Gincana do campus Lagarto.

30 anos de Comunicação Social
Outro evento que marcou esta segunda, reunindo professores, técnicos e estudantes no Auditório Libório Firmo (Reitoria) foram as comemorações pelos 30 anos da criação do curso de Jornalismo na UFS, curso que se iniciou no primeiro semestre de 1993, com 15 alunos.
Atualmente chefe do Departamento de Comunicação e coordenadora do curso de Jornalismo, a professora Messiluce Hansen foi aluna da terceira turma, ainda em 1995, e falou sobre a importância do curso para a universidade e a sociedade sergipana.
“Ele marca, a partir de 1993, o início de toda a área de comunicação profissional na UFS. E essa contribuição vai além da formação de profissionais, jornalistas, comprometidos com a ética e com a qualidade, mas também a contribuição que, historicamente, o curso de jornalismo tem dado, por exemplo, nos setores de comunicação institucional da própria UFS. É também um marco de uma trajetória de muita luta, de muita dificuldade, que resultou em melhorias substanciais”, resume a docente.
Criado no âmbito do Departamento de Letras, do Centro de Educação e Ciências Humanas, contou com o desprendimento de professores como Antônio Ponciano Bezerra. Agora aposentado, ele pôde narrar um pouco da trajetória do curso, em mesa juntamente com o atual decano do Departamento de Comunicação Social (DCOS), professor Carlos Franciscato.


“Quando o reitor Alencar me pediu pra fazer um projeto para honrar o nome do instituto, que era Instituto de Letras, Artes e Comunicação (Ilac), que desde que a universidade chegou que só tinha Letras, eu tinha acabado de chegar do doutorado em 1983. Comecei a fazer o projeto, mas não tinha dinheiro, meu filho, não tinha espaço físico, e o departamento de Letras aceitou. E além dos cursos de línguas, criou-se então o de Jornalismo, porque a Comunicação já tinha uma tradição de ser aliado a Letras. Na época, eu assumi. E foi ficando, chegou um período em que apareceu uma vaga aqui e outra ali. E nesse espaço todo eu fiquei quase 11 anos como coordenador”, relembrou Ponciano.
Recém-formada em Jornalismo, Marina Menezes disse estar “muito feliz de ter participado dessa história”. E ela não pretende se separar do seu departamento. “Quero continuar aqui na universidade fazendo o mestrado em Comunicação. Seguir a carreira acadêmica. Ser professora, pesquisadora, para mim é uma das possibilidades, dando um passo de cada vez”, relata.
Saiba mais
A programação desta segunda-feira contou com várias outras atividades, a exemplo de cursos diversos, de apresentações de trabalhos Pibic, do Prêmio Destaque UFS, oficinas e mesas redondas. Confira a programação geral e a programação por centros e campi.