Sex, 08 de março de 2024, 12:28

II Simpósio da Mulher discute participação feminina no ambiente acadêmico
Evento aconteceu no auditório da reitoria, Campus de São Cristóvão
Simpósio destaca participação da mulher na ciência. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)
Simpósio destaca participação da mulher na ciência. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)

Para celebrar o dia internacional da mulher, a Coordenação de Pesquisa (Copes) da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (Posgrap/UFS) realizou o II Simpósio Mulheres no Espaço Acadêmico-Científico, com o tema “Mulher cientista: geração de conhecimento que dá luz e transforma vidas”. O evento teve como objetivo destacar o papel das mulheres na ciência e todo o conhecimento produzido por elas.


A coordenadora da Copes e organizadora do simpósio, Renata Costa, comentou sobre a necessidade de inserir a mulher no meio científico. “É preciso discutir a inserção da mulher na ciência, quais são os desafios encontrados, os obstáculos em ser mulher, esposa, mãe, cientista, ou não, mãe de pet. Pensar nos vários contextos de mulher e ainda ter que gerar a questão do conhecimento, as dificuldades que a gente encontra, mas também o que a gente já conquistou de lá para cá”, falou a cientista.


Renata Costa é coordenadora de Pesquisa da UFS. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)
Renata Costa é coordenadora de Pesquisa da UFS. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)

O evento iniciou com apresentação musical e mesa de abertura composta por membros da universidade. A programação também contou com apresentação geral dos trabalhos concluídos no ano de 2023, referentes ao Edital 02/2023/Copes, e palestra da professora Dolores Galindo, docente da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).


II Simpósio contou com mesa de abertura. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)
II Simpósio contou com mesa de abertura. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)

Para o reitor Valter Santana, é muito importante que o meio acadêmico oriente soluções para que a mulher possa fazer parte das pesquisas e gere, cada vez mais, conhecimento. “Sabemos o quão difícil é para a mulher dentro de uma instituição acadêmica que tem como possibilidade dialogar, de estudar o cenário e propor soluções para que essa situação mude, por isso é extremamente importante essa discussão. Então é a produção do conhecimento, a discussão no fomento da ciência, na melhoria de rotinas e principalmente na melhoria da condição da mulher, que é fundamental não só para a nossa instituição, mas para o desenvolvimento do nosso país”, disse o reitor.


Valter Santana é reitor da UFS. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)
Valter Santana é reitor da UFS. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)

A pró-reitora de Extensão, Sueli Pereira, relatou ser “necessário ressaltar o tempo inteiro o papel da mulher em todos os momentos, em todas as partes. Mas esse evento traz esse levante da questão do papel da mulher no ambiente da pesquisa. É extremamente importante já que é um papel, é um espaço acadêmico onde a mulher precisa estar inserida, desbravando os espaços para além de todos os espaços que ela já ocupa hoje no mundo.” Ela ainda acrescentou sobre a relevante participação das alunas: “A participação das acadêmicas é para tomar conta também desse espaço, se inserir. As experiências que serão contadas aqui inspiram para que elas também traçam esse caminho, sigam esses caminhos da pesquisa, desbravam também, escrevam, se sintam pertencentes”.


Sueli Pereira é pró-reitora de Extensão(Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)
Sueli Pereira é pró-reitora de Extensão(Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)

Para Mariana Carvalho, aluna de Letras Vernáculas, “o evento é bastante importante para evidenciar que existem mulheres tanto na ciência quanto no espaço acadêmico. Muitas vezes as mulheres não são ouvidas, não se sentem representadas. Então esse tipo de evento é importante para evidenciar essa representação feminina”.


Mariana Carvalho é aluna do curso de Letras Vernáculas (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)
Mariana Carvalho é aluna do curso de Letras Vernáculas (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)

Algumas professoras aposentadas da UFS participaram do simpósio para contar experiências como pesquisadoras. Tendo orientado em torno de 60 dissertações de mestrado e 20 teses de doutorado, a professora aposentada do departamento de Ciências Sociais, que continua atuando na área, Maria Helena Santana, falou sobre os obstáculos que a mulher precisa enfrentar nesse meio.


Maria Helena Santana é professora aposentada da UFS. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)
Maria Helena Santana é professora aposentada da UFS. (Foto: Matheus Martins/Ascom UFS)

“Os obstáculos são diferentes, têm uma particularidade, porque as mulheres, para ampliar a sua carreira científica, fortalecer sua trajetória no campo da ciência, precisam fazer curso de graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado, uma produção científica respeitável. Mas para que tenha uma produção científica, ela precisa se dedicar ao campo da produção do conhecimento, precisa de tempo para ler, estudar, se concentrar. Algumas vezes essas dificuldades são observadas com relação aos atributos de gênero, o fato de ser casada, ter filhos, a idade dos filhos, a idade das mulheres, todos esses atributos são barreiras que dificultam a produção científica das mulheres e até ampliar a sua carreira profissional, a mobilidade delas para sair, para estudar, para outro estado, outra universidade, ou na mesma universidade. Então, por ter uma exigência, exigência de alta produtividade e de competitividade, elas têm um obstáculo a mais no campo da ciência, que é esse compromisso de produção do conhecimento”, explicou a professora aposentada.

Marcela Sousa - Bolsista


Atualizado em: Sex, 08 de março de 2024, 16:00

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