A Universidade Federal de Sergipe (UFS) recebeu, em 2024, 890 bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), 170 a mais que no ano anterior. Isso ocorreu graças ao modelo recente de distribuição de bolsas que considera, dentre outros critérios acadêmicos, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal, que visa ampliar o acesso à educação de qualidade, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
Desde 2021, quando o IDH municipal passou a ser utilizado pela Capes, o número de bolsistas Capes na UFS cresceu 68%, fomentando o acesso à pós-graduação e promover a inclusão social em todo o estado de Sergipe.
Segundo o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, Lucindo Quintans, o modelo tem como objetivo construir um modelo de equidade, usando o IDH de cidades onde o referido índice é mais baixo que a média nacional. A medida aumenta o número de bolsas de pesquisa nas instituições de pesquisa sediadas nesses municípios. Para Lucindo, que publicou correspondência sobre o assunto no jornal Nature, O IDH é um fator bastante racional para questões de demandas sociais. “O modelo da Capes pode ser aperfeiçoado, mas a utilização do IDH municipal é um dos melhores indicadores para reduzir assimetrias em direção à equidade”.
O aumento no número das bolsas melhorou dois indicadores: 45% dos programas de pós-graduação tiveram melhora nas notas da Capes. E os programas de Biotecnologia e Ciências da Saúde alcançaram nota 6, o que indica excelência constatada em nível internacional.
Ainda segundo Lucindo, a Posgrap vê com satisfação o crescimento do índice em questão, já que a UFS era uma das instituições do sistema federal de ensino alta condição assimétrica entre o número de alunos que solicitavam bolsa, e poucos recursos. “A grande maioria dos programas conseguiu alocar bolsa para seus estudantes. Isso consolida nossa pós-graduação, uma vez que o aluno bolsista se dedica mais, já que tem renda necessária para manter seus estudos, produzindo melhores produtos e alcançando os indicadores de qualidades das agências de fomento como a Capes”, explica o pró-reitor.
Ascom UFS