Qua, 19 de junho de 2024, 15:10

Trabalhos da UFS são premiados durante congresso de Motricidade Orofacial
Os projetos desenvolvidos pela universidade estiveram entre os 10 melhores do país
Herick Assis e Andréa Medeiros foram os representantes do Gepmo no congresso. (foto: arquivo pessoal)
Herick Assis e Andréa Medeiros foram os representantes do Gepmo no congresso. (foto: arquivo pessoal)

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Motricidade Orofacial da Universidade Federal de Sergipe (Gepmo/UFS) foi premiado em duas categorias do Prêmio Irene Marchesan, com os trabalhos “Descomplicando o Distúrbio Miofuncional Orofacial” e “Instrumento de Classificação de Risco para Distúrbios Miofuncionais Orofaciais - ICR DMO: Evidência de validade baseada no conteúdo”. A premiação integra o 16º Encontro Brasileiro de Motricidade Orofacial (EBMO), principal evento de motricidade orofacial ligado à fonoaudiologia.

A organização do evento seleciona os 10 melhores trabalhos para concorrer ao prêmio e, entre esses, a UFS concorreu com três trabalhos na categoria de tema livre, além de apresentar um pôster não concorrente.

A professora e coordenadora do Gepmo, Andréa Medeiros, orientou os trabalhos apresentados durante o congresso e destacou a importância da premiação. “O fato de ser premiado coloca o grupo em evidência, não só no Nordeste, mas em termos da fonoaudiologia nacional na área de motricidade orofacial. Nós já somos uma referência de pesquisas nessa área. Os trabalhos contemplam o fortalecimento da pesquisa na área de motricidade orofacial, que é fundamental se nós pensarmos na população que vai ser atendida e os dois trabalhos são voltados justamente para essa população, então isso também é importante para a consolidação da formação do discente, no setor e na pesquisa”.


Professora Andréa Medeiros durante apresentação do trabalho ICR-DMO. foto: arquivo pessoal
Professora Andréa Medeiros durante apresentação do trabalho ICR-DMO. foto: arquivo pessoal

O egresso da UFS, Herick Assis, faz parte dos dois projetos e representou o grupo no EBMO. Ele participa do Gepmo desde 2020 e atualmente integra o Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia na Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB/USP), que possui parceria com a UFS.

“Um dos meus sonhos acadêmicos era ganhar o 'Prêmio Irene Marchesan', pelo simbolismo e importância que ele carrega na fonoaudiologia, em especial para a área da motricidade orofacial (MO). Desde o meu 2º período da graduação, me apaixonei pela MO enquanto assistia uma aula comum do dia a dia e foi como um encontro. Decidi ali que queria seguir naquele caminho profissional”.

Instrumento de Classificação de Risco para Distúrbios Miofuncionais Orofaciais

A pesquisa do ICR-DMO faz parte da colaboração entre o grupo coordenado por Andréa Medeiros e as professoras Giedre Berretin e Katia Genaro da FOB/USP. Além disso, integra o projeto de mestrado de Herick Assis, que dará continuidade às pesquisas.

“O ICR-DMO trata-se de um instrumento de rastreamento inédito na fonoaudiologia, intitulado “Instrumento de classificação de risco para distúrbios miofuncionais orofaciais”, voltado para a população menor que 06 anos de idade, idealizado pela professora Andréa Medeiros. Pretende-se que, com o uso do instrumento, o fonoaudiólogo realize um atendimento padronizado, o que é considerado, por estudos atuais da literatura, uma prática quantificável e menos propensa a erros", pontua o pesquisador.


Herick Assis durante apresentação do trabalho "Descomplicando o Distúrbio Miofuncional Orofacial". (foto: arquivo pessoal)
Herick Assis durante apresentação do trabalho "Descomplicando o Distúrbio Miofuncional Orofacial". (foto: arquivo pessoal)

Descomplicando o Distúrbio Miofuncional Orofacial

A estudante de Odontologia da UFS, Anne Vieira, é voluntária do projeto Descomplicando o Distúrbio Miofuncional Orofacial, integrando o grupo coordenado pela professora Andréa Medeiros, com coordenação adjunta da professora do Departamento de Odontologia, Gisele Moi. A iniciativa faz parte do projeto InoveEDU, lançado pela Universidade Federal de Sergipe.

“A pesquisa trata do desenvolvimento de um produto tecnológico em forma de manual educativo inovador capaz de abordar os aspectos que o fonoaudiólogo precisa saber/dominar sobre DMO e aqueles que são importantes de serem compreendidos pela criança, família e profissionais envolvidos. Minha atuação foi propriamente a confecção desse manual, utilizando material científico do Gepmo e adaptando as informações para o desenvolvimento de um material lúdico e de linguagem acessível aos diversos públicos citados”, explica a estudante.

O congresso

O 16º Encontro Brasileiro de Motricidade Orofacial (EBMO) foi realizado entre os dias 06 e 08 de junho na cidade de Brasília-DF, com a temática “Desafios e práticas em motricidade orofacial: pesquisa e clínica”. O evento trata os principais estudos na área da Motricidade Orofacial, setor da fonoaudiologia responsável pelo estudo da musculatura dos lábios, face, bochecha e língua e as suas respectivas funções, a exemplo da fala e deglutição.

Thaisy Santa Rosa - bolsista

Letícia Nery - Ascom UFS


Atualizado em: Qui, 20 de junho de 2024, 14:00
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