Na última quarta-feira, 24, a Universidade Federal de Sergipe (UFS), através do Centro de Empreendedorismo (Cemp) e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), inaugurou o Coworking das Empresas Juniores e Ligas Acadêmicas da instituição, reunindo alunos e gestores. O espaço é localizado na antiga Ilha Comercial, entre os prédios do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH).
O coworking foi pensado para suprir uma necessidade que essas entidades possuíam: a de ter um local dentro da universidade que fosse apropriado para que as empresas e ligas pudessem desenvolver as atividades, como realizar reuniões presenciais e receber clientes e parceiros. A ideia é que com esse prédio possa funcionar em qualquer período do dia, seja manhã, tarde ou noite.
Para o reitor Valter Santana, esse é mais um importante investimento que a UFS faz para que os alunos possam ter um maior crescimento pessoal e profissional. “A universidade entende que é fundamental estruturar um espaço onde os alunos possam praticar ações que visem a consolidação da atividade empreendedora. Por isso, ela busca caminhos para fortalecer o ensino e, a partir disso, ampliar a relação com a sociedade, fomentando também um desenvolvimento regional e estadual. Então, são ações como a de hoje, com a inauguração desse espaço, que trazem os resultados dos indicadores que nós temos obtido nos últimos anos, de destaque nacional e internacional”.
O vice-reitor Rosalvo Ferreira acredita que, com esse espaço, o propósito de oferecer uma formação acadêmica cada vez mais completa está cada vez mais consolidado. “Esse feito possui um papel fundamental na construção de um modelo que eu acho muito interessante, que envolve a iniciativa do aluno que está se formando e que olha para o ambiente externo. Esse coworking permitirá que esses alunos interajam desde a formação inicial em um ambiente de integração com diversos segmentos, não só do setor produtivo, mas do terceiro setor, da economia criativa e de ambientes em que é necessário cada vez mais a participação da universidade”.
Atualmente, a UFS possui 28 empresas juniores e 46 ligas acadêmicas dos mais diversos cursos cadastradas através de editais e portarias. As empresas juniores são coordenadas pelo Cemp e as ligas pela Coordenação de Tecnologias Sociais Ambientais (CTSA), ambas vinculadas à Proex. Essas unidades são responsáveis pela elaboração, publicação e condução de editais de extensão específicos, nos quais uma nova empresa junior ou liga acadêmica poderá apresentar a documentação necessária para cadastrar formalmente a organização.
De acordo com a coordenadora do Cemp, Jucileia Morais, ter a presença de entidades dessa natureza dentro da universidade é de extrema importância para o impulsionamento da economia local e para a formação dos alunos. “Através dessas entidades os estudantes podem desenvolver várias habilidades e comportamentos empreendedores. Elas também dão a oportunidade de estabelecer uma conexão com o mercado de trabalho e com a sociedade, através dos projetos e dessas prestações de serviço que são ofertadas. Além de ajudar com o desenvolvimento profissional e pessoal desses alunos, o coworking também contribui para a economia do nosso estado”.
Já para a pró-reitora de Extensão e Cultura, Sueli Pereira, uma das maiores vantagens do espaço diz respeito à integração entre ligas e empresas. “Esse é um espaço coletivo que foi preparado para a atuação profissional. Aqui, haverá a troca entre ligas e empresas juniores, que poderão se ajudar. Então, é um lugar que tem como objetivo a articulação e a troca de conhecimento, onde também poderemos receber a comunidade externa, e que ajudará a difundir o conhecimento empreendedor pela universidade".
O prédio foi equipado com quatro salas temáticas, intituladas “conexão", "avanço", "impacto" e "sucesso”, que possuem diferentes finalidades. Enquanto a primeira funcionará como sala de trabalho compartilhada, a sala “avanço” será o local onde serão realizados os treinamentos. Já as duas últimas, foram projetadas para realizar atendimento a clientes e parceiros.
E para além de um espaço de trabalho, o novo prédio também servirá como um símbolo do empreendedorismo dentro da universidade, como comenta Emmanuel Bento, aluno de Engenharia Química da UFS e membro da Federação Sergipana de Empresas Juniores (Serjúnior).
“Essa é uma conquista muito grande para o ecossistema das empresas juniores e que dará muitos frutos não só para as empresas que já existem e estão inseridas no mercado júnior, mas também para as que vão surgir. Por aqui vão ter pessoas de diversos cursos passando e vendo o espaço e que podem acabar se interessando em conhecer esse mundo. Acredito que isso é o começo de algo grande para o futuro da universidade”, comemora Emmanuel
A aluna do curso de Direito, Yasmin Sandes, representante da liga acadêmica “Direitos Humanos e Democracia”, também vê a iniciativa como algo muito proveitoso. “Eu acho que esses espaços ajudam a integrar a base da universidade pública, que é o ensino, a pesquisa e extensão. Realmente estávamos precisando desse espaço físico para que pudéssemos ampliar nossas atividades e termos uma atuação que fosse ainda mais incisiva com a comunidade. Agora vai dar para fazer novas parcerias e acho que vai ser muito útil também para quando precisarmos planejar eventos, fazer reuniões de alinhamento e coisas nesse sentido”.
Mateus Ferreira - Bolsista
Letícia Nery - Ascom UFS