Reunindo cerca de 750 pesquisadores de todo o país, a Universidade Federal de Sergipe é sede do XIII Encontro de Pesquisa Empírica em Direito (Eped). A conferência de abertura do evento aconteceu na última terça-feira, 27, na Didática 7 do Campus de São Cristóvão.

Apesar de já ter recebido a etapa regional do Eped, esta é a primeira edição nacional realizada na UFS. Para a coordenadora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Direito (Prodir/UFS) e membro da comissão organizadora, Karyna Sposato, a iniciativa contribui para a qualificação da pesquisa.

“Para nós é uma grande honra e uma alegria muito grande receber o 13º Eped. Nós apresentamos a candidatura da UFS há dois anos, quando fomos eleitos para ser a sede desta edição, e nós acreditamos que trazer um evento desse alcance e com essa vertente da pesquisa empírica em Direito é muito importante para os nossos alunos e para região de um modo geral. Isso qualifica a formação dos pesquisadores na área do Direito e habilita os nossos alunos a terem uma postura mais crítica nas pesquisas e na avaliação das políticas públicas, tudo isso com vistas a fazer com que a ciência do direito possa avançar mais em direção a ser mais justa, mais democrática e contribuir mesmo para uma sociedade mais pacífica de um modo geral”, explica Karyna.

Para o reitor Valter Santana, o Eped é uma oportunidade transformadora para os participantes. “É um um orgulho muito grande Sergipe ter sido selecionado para abrigar um evento de abrangência nacional, trazendo pesquisadores renomados que aqui poderão fazer interlocução com os nossos alunos. Isso amplia os conhecimentos e fortalece relações de conexão no âmbito de pesquisa e o nosso Programa de Pós-graduação em Direito. É a universidade abrindo as portas, se fortalecendo e ofertando a estrutura necessária para o engrandecimento da pesquisa e da ciência no âmbito do Direito”.

O encontro tem o objetivo de promover a troca de conhecimentos, discutir as últimas tendências e metodologias na pesquisa empírica em direito e fomentar a colaboração interdisciplinar. O evento segue até a próxima sexta-feira, 30.

Participando pela terceira vez, a estudante Maria Antônia Dezidério está com expectativas altas para essa semana de evento. Natural da Bahia, ela mora atualmente em São Paulo para cursar a graduação em Direito.

“O Eped é um ambiente único de discussão de pesquisa empírica no campo do Direito que não conseguimos encontrar em outros espaços, sobretudo no caso particular da minha universidade. Pesquisa empírica ainda é um campo menos discutido, pouco explorado e eu encontrei no Eped, seja nas oficinas ou apresentando trabalhos, outra perspectiva de fazer pesquisa que eu me interessei e por isso eu continuo vindo sempre. O evento está maior, as mesas estão mais diversas e é muito bom ver o evento, que é muito sudestino, voltando-se para uma região que precisa de mais visibilidade, já que tem muita gente fazendo pesquisa boa e isso me deixou muito feliz”, ressalta a estudante.

“São várias atividades e o evento tem uma estrutura bem diversificada. Temos os grupos de trabalho que acontecem pela manhã, as mesas redondas à tarde e painéis à noite. São mesas redondas simultâneas e um painel pela noite com o propósito também de avançar com os alunos da graduação para que eles já se aproximem da pesquisa na iniciação científica e na construção dos seus objetos de pesquisa do TCC”, reforça Karyna Sposato.

XIII Encontro de Pesquisa Empírica em Direito

O Encontro de Pesquisa Empírica em Direito é uma iniciativa da Rede de Pesquisa Empírica em Direito (Reed), cujo propósito é disseminar e divulgar a pesquisa empírica.

“A rede tem o objetivo de expandir, porque esteve sempre muito concentrada no Sudeste e existem muitas massas críticas de estudos empíricos pelo Brasil. Então, vir para Sergipe é muito importante. E trabalhar com esses encontros serve justamente para divulgar a importância da pesquisa empírica como uma forma de qualificar a pesquisa em Direito. A pesquisa empírica abre essa possibilidade para que o campo do Direito rompa com os tradicionalismos, os formalismos e com a não pesquisa”, afirma o membro da Reed, Marcos Chein.

O pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFS, Lucindo Quintans, destaca a como a inciativa do Programa de Pós-Graduação em Direito (Prodir) em trazer o XIII Eped para a UFS é benéfica.

“Todo evento científico que traz novas abordagens e permite que palestrantes renomados possam discutir com nossos alunos agrega valor na formação de recursos humanos e na discussão de ciência. O Programa de Pós-Graduação em Direito é muito importante para a nossa instituição, está em fase de consolidação e ampliou a nota na última quadrienal, e sai ganhando com um evento como esse por oportunizar o convívio com outros pesquisadores e com outros grupos de pesquisas atuantes em todo o Brasil”

Letícia Nery - Ascom UFS