Com o objetivo de desenvolver a colaboração entre instituições nos campos da pesquisa científica e tecnológica e do ensino, atreladas à formação de discentes em cursos stricto sensu (mestrado e doutorado), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) - junto à Universidade Estadual de Maringá (UEM) e à Universidade Estadual de Londrina (UEL) - assinou um acordo de cooperação científica, acadêmica e cultural com a MCMaster University, no Canadá.
A presente cooperação tem como escopo a realização de atividades de pesquisa na área de concentração de Ciências Fisiológicas e é resultado dos trabalhos de pesquisa de pós-doutorado da professora do Departamento de Educação em Saúde do Campus de Lagarto, Patrícia Rodrigues Marques de Souza, no Canadá.
“Trata-se de um convênio guarda-chuva de natureza multilateral que proporcionará um grande potencial para a nossa instituição, uma vez que possibilitará o desenvolvimento de pesquisas e outras atividades acadêmicas e culturais, através do intercâmbio de discentes pesquisadores da pós-graduação, elaboração conjunta de projetos de pesquisa, organização conjunta de eventos científicos e culturais, intercâmbio de informações e publicações acadêmicas, além de possibilitar o aprimoramento de melhores tecnologias na área de Ciências Fisiológicas”, explica a professora, que é gestora do acordo no Brasil.
Para alcançar esses objetivos, as universidades, na medida em que seus recursos permitam, comprometem-se a realizar atividades de cooperação que poderão ser de benefícios mútuos para as respectivas instituições.
De acordo com Érica Winand, coordenadora de Relações Internacionais da UFS, é gratificante acolher e valorizar a iniciativa de uma professora que transforma uma iniciativa pessoal num bem comum público.
“É importante ter em mente que o convênio guarda-chuva beneficia toda a comunidade da UFS e que intercâmbios amparados em convênios têm maior chance de sucesso no que diz respeito à equiparação dos créditos cursados. Além disso, esses intercâmbios são protegidos por diversas cláusulas que garantem a segurança da presença do estudante no exterior e são ponto de partida para que, uma vez já instalados na instituição estrangeira, possam recorrer a outros pleitos, como a isenção das chamadas tuition fees, bem como a possibilidade de benefícios relacionados à alimentação, a alojamento, etc., embora isso não seja obrigatório nem garantido. No caso da UFS, há o trabalho operacional da Divisão de Cooperação Internacional de Mobilidade Acadêmica de tramitação junto à Copec e de acompanhamento das devolutivas dos textos, até que todas as partes estejam satisfeitas”, diz.
Ela explica ainda que, em linhas gerais, todo acordo serve de sustento jurídico para atividades fundamentais à internacionalização do currículo, seja em nível de graduação ou pós-graduação. “Permitir que nossos estudantes passem por experiências internacionais e receber estudantes internacionais na UFS, franqueado também aos estudantes que aqui ficaram a experiência do ambiente intercultural de ensino (a chamada internacionalização em casa) é, para além de um objetivo da UFS, uma necessidade cobrada pela Capes para programas que queiram passar do conceito 5”.
Para o reitor da UFS, Valter Santana, a assinatura deste acordo busca consolidar sua política de internacionalização da instituição, uma vez que “vai propiciar uma interação não só dos grupos de pesquisa com os quais já mantém relação, mas com novos grupos, fomentando o intercâmbio de alunos e uma inserção mais qualificada da nossa universidade. Isso demonstra também todo o respeito que a UFS tem adquirido ao longo dos últimos anos, gerando uma relação de confiança e mais parcerias”, destaca.
O pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFS, Lucindo Quintans, destaca que as ações de internacionalização da UFS vêm crescendo nos últimos anos e dialogam com os indicadores de qualidade que a instituição vem atingindo em âmbitos nacionais e internacionais.
“O perfil de internacionalização é um perfil importante para o ranking e a produção científica da UFS está cada vez mais internacionalizada, contando com autores estrangeiros nas nossas produções científicas, que estão figurando entre os principais indicadores de impacto nas ferramentas e estruturas que avaliam parte da produção científica de uma instituição. Então esse convênio é uma oportunidade de consolidação de um programa que fortalece pesquisas nas áreas das Ciências Biológicas e da Saúde, e amplia o portifólio de internacionalização da nossa universidade”, explica o pró-reitor.
Jéssica Vieira – Ascom UFS