A Universidade Federal de Sergipe (UFS) deu início, na noite desta terça-feira, 15, a um dos maiores encontros internacionais na área de direito e ciências sociais já realizados na região Nordeste. A abertura oficial dos eventos XI REDHT, XIV CONBRADEC, X CONLUBRADEC e VIII CONIBADEC, marcados pela presença de mais de mil pesquisadores do Brasil e do exterior, ocorreu na Sala dos Conselhos Superiores da Reitoria da UFS, promovendo debates sobre direitos humanos e desenvolvimento sustentável em uma perspectiva transnacional.

Sob a liderança de acadêmicos renomados, como Angelo Ferraro (Itália e Polônia), Irene Portella (Portugal), Luciana Aboim (UFS/Brasil) e Viviane Séllos (UniCuritiba/Brasil), o evento tem como tema central "Direito e Futuro: efetivação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU". Além da participação de instituições brasileiras de renome, destacam-se colaborações com universidades internacionais de países como Itália, Portugal, Espanha, Canadá e México.

Para o diretor internacional da Rede de Estudos de Direitos Humanos na Transnacionalidade (REDHT) na Itália, Angelo Ferraro, os temas abordados no evento são fundamentais para o futuro da humanidade. “A importância desse nosso encontro se dá pela sua natureza internacional. Este ano é uma ocasião extraordinária para discutir sobre esses temas atuais, temas do futuro que também se relacionam com as futuras gerações. Iniciativas como estas servem para ajudar as novas gerações a entender a importância do direito, da cura do ambiente, do desenvolvimento sustentável, todos os temas que fazem parte dos objetivos das Nações Unidas para a Agenda 2030”, destacou.

A diretora da REDHT Brasil, Viviane Séllos, endossou a importância do encontro, destacando a união de diversos eventos na UFS. “É muito importante nós fazermos os eventos em polo, porque eles ganham força exatamente pela ideia de congresso, de aproximar todos esses agentes e instituições. E nós, dentro desse contexto, propomos uma dialogia entre as comunidades científicas e entre as redes de pesquisa. Todos nós fazemos parte desses grupos, debruçados sobre os ODS e com o foco para o direito, o futuro e a transformação social por meio da educação”.

A solenidade de abertura contou com figuras proeminentes do cenário jurídico nacional e internacional, como o ministro José Barroso Filho e o professor doutor Mauro Luiz Rabelo (CNE), além de acadêmicos das principais universidades brasileiras e estrangeiras. As mesas-redondas e palestras programadas até o dia 18 de outubro prometem enriquecer ainda mais o intercâmbio de ideias e a produção científica, consolidando Sergipe como um polo de pesquisa jurídica de relevância internacional.

“O nosso instrumento é a comunicação. O direito se vale da educação, da comunicação, da troca de ideias, dos debates de temas relevantes, para encontrar os caminhos para efetivação dos direitos humanos na transnacionalidade. A gente vivencia problemas no país que refletem em todo o mundo. Então o pensamento tem que ser conjunto, envolvendo diversas nações para que possamos trazer e implementar políticas públicas com o objetivo de promover uma sociedade global mais justa e mais fraterna”, complementou a diretora-geral da REDHT Brasil e docente da UFS, Luciana Aboim.

O evento, uma parceria entre a UFS e o UniCuritiba (ÂNIMA Educação), celebra também os 10 anos da Sociedade Brasileira de Direito Desportivo (SBDD), um dos principais fóruns acadêmicos esportivos do país. A iniciativa conta com o apoio da CAPES, do Instituto ÂNIMA, e patrocínios da JBS, Instituto ISK, e do Instituto Memória e Centro de Estudos da Contemporaneidade.

Com a programação repleta de debates interdisciplinares e colaborações acadêmicas, o polo de eventos promete gerar impactos duradouros no desenvolvimento de políticas e práticas educacionais inovadoras e inclusivas. Para mais informações, os interessados podem acessar o site oficial do evento e realizar inscrições através do link.

Presente na abertura do encontro, o corregedor-geral da UFS, o professor José Lima Santana, enalteceu a importância das discussões na instituição sergipana. “Sendo uma universidade pública, a UFS se sente orgulhosa de receber qualquer evento, especialmente um evento desse porte, que fala sobre direitos humanos e também buscando sempre olhar o sentido de transnacionalidade, ou seja, quebrar as barreiras nacionais para que nós possamos ter fraternidade e também solidariedade no ramo do direito. É estar mais perto dos estudos acerca dos direitos humanos, que são fundamentais em qualquer parte do mundo para a boa aplicação dos direitos de todos os países em termos de ordenamento jurídico e para afirmação da dignidade da pessoa humana”, finalizou.