Tiveram início nesta terça-feira, 22, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe, o XII Seminário do Centro de Educação e Memória do Atheneu Sergipense (XII Cemaspe), em conjunto com o II Workshop "Os Jornais Estudantis em Sergipe" (II JES), eventos destinados a promover a discussão e a análise do patrimônio educativo brasileiro com foco nas atividades desenvolvidas pelo Centro de Educação e Memória do Atheneu Sergipense (Cemas). A finalidade é preservar a memória educacional de Sergipe.

Coordenada pelo professor João Paulo Gama, do Departamento de Educação da UFS, a iniciativa tem por objetivos abordar os desafios enfrentados na preservação de acervos das escolas públicas brasileiras e compartilhar experiências e reflexões no âmbito do ensino, pesquisa e extensão, com especial ênfase nos jornais estudantis.

“Esta é a culminância de dois projetos, um aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no qual nós estudamos jornais escritos por estudantes, jornais escritos por alunos da educação básica, em uma perspectiva histórica; e também um projeto financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe, relacionado à promoção de eventos da área de educação. Estamos tendo nesses dois dias, 22 e 23 de outubro, mesas, sessões de comunicação, a exposição intitulada Minha Cara no Atheneu, na qual os alunos do Ensino Médio reconstruíram jornais de meados do século XX, jornais do século XIX, a partir de uma perspectiva de hoje, como é que eles se vêem hoje como alunos, suas demandas, suas necessidades”, detalha João Paulo Gama, que também integra a pós-graduação stricto sensu em Ensino de História da UFS.

Ele destaca que o seminário e o workshop são eventos muito ricos culturalmente. “Iniciamos a nossa abertura com o coral do Colégio de Aplicação da UFS, e a ideia é justamente unir alunos da educação básica, porque aqui nós temos alunos de Nossa Senhora da Glória, do ensino fundamental, que escreveram crônicas, publicaram livros, alunos do Frei Inocêncio, da Escola Estadual, alunos do Colégio de Aplicação, do Atheneu Sergipense, junto com alunos da graduação, tanto do Campus São Cristóvão, como também de Itabaiana, do curso de Pedagogia, e alunos da pós-graduação, sobretudo da pós-graduação em Educação e da linha de História da Educação, então é um evento com mais de 200 participantes, para a gente poder falar da história de alunos, sobretudo, e como esses alunos são protagonistas do processo de ensino-aprendizagem”, contextualiza o professor.

Para ele, os eventos buscam contribuir com a formação de docentes e discentes da educação básica e superior, valorizando o diálogo intergeracional e reconhecendo a escola como um centro crucial para a construção da identidade nacional por meio do patrimônio educativo, conforme ressalta a aluna Vitória Santos, da graduação em História. “Estou no 8º período, mas comecei no projeto com o professor João Paulo há mais ou menos dois anos, e esse é o segundo grande evento que a gente tem junto com a Universidade, o primeiro foi em 2022. É um prazer enorme receber esses meninos, ver como o evento esse ano está bem maior, junto com a exposição dos 154 anos do Atheneu. Para mim é uma oportunidade muito boa, o projeto me escolheu, eu escolhi o projeto, foi uma sintonia que deu certo, uma parceria de muito sucesso”, expõe Vitória.

Aluno da terceira série do Ensino Médio do Colégio Estadual Frei Inocêncio, em Nossa Senhora do Socorro (SE), Moisés Nascimento esteve na abertura do seminário e ficou satisfeito com o conteúdo do evento. “Fico muito grato por estar participando dessa excursão até a UFS, e é gratificante ver onde a gente pode chegar, porque sendo uma Universidade Federal muito respeitada, a gente se sente prestigiado por ser convidado a esse lugar, a esse ambiente, ganhar conhecimento e pensar que futuramente nós poderemos estar aqui, cursando o que a gente quer”, declara.

Estão sendo trabalhados durante os eventos quatro eixos temáticos: Imprensa e impressos estudantis; Instituições educativas, disciplinas e intelectuais da educação; Patrimônio Educativo: espaços de memória, acervos e fontes e Práticas de ensino e pesquisa em História da Educação.

Confira a programação completa.

Ascom