As alunas do curso de Engenharia de Pesca e Aquicultura da Universidade Federal de Sergipe (DEPAq/UFS), Laize Souza e Thaís Cerqueira, tiveram suas obras exibidas na exposição Arte Oceânica, parte da programação do SP Ocean Week 2024, realizada de 18 a 22 de setembro no Auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina, em São Paulo. A premissa das obras é enfatizar a urgência da preservação dos ecossistemas aquáticos utilizando a arte como meio de divulgação científica, objetivo que se assemelha ao das pesquisas e projetos promovidos pelo Laboratório de Aquicultura e Planejamento Ambiental (LAPA), do qual fazem parte sob a coordenação da professora Juliana Schober.
A discente do décimo período Laize Souza, conhecida artisticamente como Laize Rosendo, atua profissionalmente na área desde 2019. Para ela, o curso de Engenharia de Pesca e Aquicultura não se distancia, necessariamente, das artes.
“Acredito que a arte é capaz de atingir várias esferas, inclusive como forma de denunciar todos os tipos de degradação que vem acontecendo com o meio ambiente. O olhar sensível do artista tem também a capacidade de instigar. Atualmente, desenvolvo pesquisas sobre arte e ciência, no LAPA, voltados à educação ambiental, usando a arte como suporte e meio de comunicação capaz de atingir diversificados grupos”, conta a estudante.
Para Thaís Cerqueira, que assina suas obras como Thay, o curso de Engenharia de Pesca e Aquicultura é muito amplo e não se resume a apenas produção ou processamento de pescado.
“A arte e a preservação ambiental podem estar unidas. Por meio de obras, diversos artistas trazem discussões sobre as belezas naturais que possuímos e o futuro delas, desta maneira estimulando nosso pensamento crítico sobre o assunto. A arte é mais do que estética, ela pode ser um forte instrumento para auxiliar várias causas, como no caso, a preservação do ambiente em que vivemos”, explica a discente.
Assim como suas estudantes, a professora Juliana Schober também teve o seu primeiro contato com a arte ainda muito nova e isso perdurou até os dias atuais. Coordenadora do LAPA, Juliana acredita que o diálogo entre a ciência e as artes sempre existiu e não há nenhuma barreira que as separe.
“O papel das artes tem sido cada vez mais reconhecido para ampliar o alcance e fortalecer os processos de divulgação e comunicação científica transformadores, muito necessários nesse momento de emergência ambiental e mudanças climáticas”, conclui a professora.
As obras
As obras expostas de ambas as discentes abordam a relação entre arte e meio ambiente, transmitindo uma mensagem de preservação da cultura das águas.
Descrição: Uma obra que simboliza a beleza dos oceanos através da diversidade de organismos marinhos, composta por 14 espécies representando a vida no oceano. A arte ilustra a fragilidade do ambiente marinho, refletindo as mudanças climáticas com pinceladas aquosas em diversos tons de azul. Técnica: Aquarela sobre papel Canson 300g. Dimensões: 279x420mm. Cidade: São Cristóvão. Ano: 2024.
Descrição: Uma paródia do famoso pôster do filme "JAWS", onde a verdadeira ameaça não é o tubarão, mas as ações humanas que resultam em lixo plástico. Técnica: Arte digital criada no Krita, utilizando uma mesa digitalizadora Huion Kamvas Pro 12 GT-116. Dimensões: 3000x3750px. Cidade: São Cristóvão. Ano: 2024.
Ascom UFS
Com informações do CCAA