Projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos pelos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia do Campus do Sertão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Nossa Senhora da Glória, Alto Sertão sergipano, estão ajudando a desenvolver a cadeia leiteira no estado. Um dos resultados é a criação do Agro Leite Sertão, um núcleo de estudos, tecnologia e inovação da cadeia produtiva do leite no Sertão de Sergipe, inciativa dos professores do curso de Medicina Veterinária, Thiago Nascimento e Glenda Marinho, e das professoras do curso de Zootecnia, Juliana Paula e Lígia Barreto, que já executam ações de forma interdisciplinar.
De acordo com Glenda, o núcleo vem para agregar e socializar o conhecimento técnico dentro do Campus do Sertão. “Estamos criando um núcleo que comporta projetos de extensão e iniciação científica, trabalhando com a cadeia produtiva do leite no Alto Sertão Sergipano e conduzindo esse núcleo com professores, tanto do curso da Veterinária como da Zootecnia. Essa inter e transdisciplinaridade também vêm contribuindo com a capacitação da comunidade acadêmica envolvida nos projetos”, ressalta a professora.
Ela explica que o Núcleo atua dentro das perspectivas pesquisa, extensão e tecnologia. “Estamos discutindo e socializando as estratégias de ações e proporcionando momentos de capacitações de forma continuada para bolsistas e voluntários dos projetos dos docentes envolvidos, oportunizando momentos de maior integração entre a comunidade acadêmica, incluindo rodas de conversas e treinamentos sobre a temática”, complementa.
Glenda informa que o público alvo tem se mostrado receptivo à proposta, com adesão também da comunidade externa, a exemplo da participação de alunos e docentes do Instituto Federal de Sergipe, em Nossa Senhora da Glória. “Esperamos sincronizar as atividades, otimizando a abordagem da temática e socializando o conhecimento, para que possamos, com essa integração, ampliar a inovação, visando ao desenvolvimento do setor lácteo na região e a inserção de pequenos produtores menos assistidos nesse mercado competitivo e que se expande cada vez mais”, comenta.
Vinícius Melo, graduando em Medicina Veterinária, é um dos estudantes entusiasmados com a iniciativa. “A criação do Núcleo é de grande importância para os alunos do Campus do Sertão, principalmente para os discentes dos cursos de Zootecnia e Medicina Veterinária. Com projetos e palestras conseguimos debater os assuntos da cadeia produtiva de leite, além da proximidade e da troca com os produtores, o que enriquece a nossa formação. Diante disso, são de grande importância esses tipos de eventos, palestras e as práticas e assistência ao produto”, declara.
Para Juliana Oliveira, professora do Departamento de Zootecnia do Campus do Sertão, um dos focos é justamente realizar capacitações dos alunos envolvidos. “Queremos que eles consigam atuar com maior propriedade e segurança nas ações dos projetos junto ao produtor. O Núcleo integra também alunos bolsistas e voluntários de extensão e de iniciação científica. Além disso, promove rodas de conversa, abordando temáticas importantes do setor leiteiro para integrar cada vez mais a comunidade acadêmica, identificar e esclarecer principais gargalos do setor. As atividades conduzidas até então tiveram uma ótima adesão por parte dos alunos e eles se mostram bem receptivos e animados com a ideia das capacitações e rodas de conversa realizadas. Está sendo uma ótima experiência trabalhar em conjunto dessa forma para promover cada vez mais a capacitação dos nossos alunos”, comemora Juliana.
“Esperamos integrar cada vez mais as atividades dos projetos envolvidos no Núcleo, sempre oportunizando o conhecimento ligado ao setor leiteiro. Ações como essas são urgentes para o fortalecimento da nossa cadeia leiteira, e os alunos envolvidos estarão e se sentirão cada vez mais capacitados para a atuação efetiva nos principais gargalos encontrados no dia a dia. Além disso, esperamos integrar também a comunidade acadêmica ao produtor rural, oportunizando essa transferência de tecnologia e conhecimento”, complementa a professora.
Estudante do curso de Zootecnia, Clara Jordane Nunes diz que as expectativas com a criação do Núcleo são muito boas. “Queremos conseguir agregar o conhecimento adquirido nos projetos de diferentes áreas e cadeias da universidade em prol de ajudar os produtores e adquirir experiência. No momento que um projeto obtém um resultado, os alunos conseguirão conversar sobre isso e olhar onde pode ser melhorado. As rodas de conversa trazem para todos os envolvidos uma nova visão do que já se sabia e do que está aprendendo nas conversas realizadas pelo núcleo. Os cursos capacitam alunos e produtores para melhorar a cadeia leiteira”.
“Sou bolsista de projeto de extensão e, nele, consigo prestar assistência técnica aos produtores, conseguindo vivenciar a realidade deles com a teoria adquirida na universidade. É dessa forma que conseguimos formar profissionais capacitados para trabalhar com a realidade do campo. Desse modo, a criação do Agro Leite Sertão irá somar para todos os envolvidos”, finaliza Clara.
As atividades do Núcleo são diversificadas e envolvem desde palestras e rodas de conversa a treinamentos de campo. A Roda de Conversa "Principais Desafios Enfrentados pelos Laticínios com a Qualidade do Leite" e o "1º Dia de Campo de Caprinocultura" foram atividades promovidas pelo Agro Leite Sertão, que agregaram a comunidade acadêmica do Campus do Sertão e de outras instituições, a exemplo do IFS Glória e da Embrapa Semiárido.
Ascom UFS