Na manhã desta terça-feira, 10, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) inaugurou a Cátedra Sérgio Vieira de Mello em parceria com Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). O evento aconteceu durante a 10ª Semac, no auditório da Didática 6 do campus de São Cristóvão, e contou com a presença de William Torres Laureano da Rosa, associado de proteção do Escritório do ACNUR em São Paulo.
Desde 2003, a Cátedra Sérgio Vieira de Mello é implementada pelo ACNUR em centros universitários nacionais, promovendo ensino, pesquisa e extensão universitária sobre temas relacionados ao refúgio, além de ser fundamental na garantia de direitos de pessoas refugiadas no Brasil. Para Lucindo Quintans, pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa (Posgrap/UFS), “a universidade avança não só na internacionalização, mas muito mais que isso, na perspectiva dos direitos humanos e no aprofundamento de uma ciência qualificada, sempre dialogando com a Agenda 2030 da ONU”.
Érica Winand, coordenadora de Relações Internacionais (Cori/UFS), explica que a cátedra terá um espaço físico na UFS, localizado na sala 204 da Didática 7. "Com a cátedra, espalharemos a cultura de acolhimento e reintegração de pessoas em situação de refúgio, vítimas do medo e da perseguição, impossibilitadas de desenvolver seu potencial humano em seus países de origem. A universidade pode oferecer uma nova perspectiva a essas pessoas, reintegrando-as à sociedade como estudantes, pesquisadores de alto nível e profissionais em áreas de alta demanda, restaurando sua dignidade".
Para Marcelo Ennes, professor do Departamento de Ciências Sociais e coordenador da cátedra na UFS, juntamente com Flávia de Avila (DDI/UFS), essa é uma oportunidade de extrema importância tanto para a comunidade acadêmica da UFS quanto para a população de refugiados em Sergipe.
“Para os estudantes e docentes, é uma grande oportunidade de colocar em prática parte do nosso conhecimento, do que a gente ensina e aprende dentro da universidade, além de podermos conhecer a realidade do refúgio para que os professores tenham maior experiência e maior competência profissional nesse quesito. E para os refugiados, embora nós tenhamos ainda um número pequeno de refugiados em Sergipe, é uma grande novidade, porque, por meio da cátedra, muitas oportunidades podem aparecer, inclusive de inserção na universidade, reconhecimento de diploma, reconhecimento dos direitos, proteção dos direitos e assim por diante”, explicou o professor.
O convidado do ACNUR, William Torres Laureano da Rosa, contou sobre o significado que o nome da parceria carrega. “Sérgio Vieira de Mello foi funcionário brasileiro de longa data do ACNUR e teve um papel fundamental no acolhimento de muitos refugiados, na proteção e integração dessas pessoas durante vários anos. Essa cátedra é o seu legado”, revelou.
Rebeca Mariane é discente do segundo período do curso de Relações Internacionais (DRI) e conheceu o projeto através de um amigo. “Quando conheci mais sobre a cátedra, achei super interessante e vim prestigiar a inauguração. Eu acho que é um tema super relevante para todos nós, não somente como estudantes, mas como pessoas”.
Ascom UFS