A Universidade Federal de Sergipe (UFS) intensificou as ações para fortalecer o cuidado com o bem-estar de animais comunitários. O Hospital Veterinário Universitário (HVU), localizado no Campus Professor José Aloísio de Campos, lidera as iniciativas com a participação e apoio da Coordenação de Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho (Coaset).

As ações se concentram, inicialmente, nos animais presentes no campus sede da universidade. Uma campanha de castração teve início esta semana e passará a fazer parte da rotina do HVU, o que foi possível após a chegada de três novos médicos veterinários, sendo um deles cirurgião.

A castração dos animais comunitários ocorrerá sempre na segunda-feira, seguindo o planejamento do Hospital Veterinário e a logística da equipe da Coordenação de Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho (Coaset). Na sexta-feira anterior ao procedimento, os animais deverão passar por uma triagem e ser submetidos a exames básicos realizados por profissionais no próprio HVU.

O coordenador de Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho da UFS, Genésio Ribeiro, ressalta que, atualmente, os animais que se encontram no campus são reconhecidos como animais comunitários. “Os cuidados com os animais, especialmente os gatos, no Campus de São Cristóvão, são conduzidos pela Coaset desde 2016, quando começamos um árduo trabalho para prover o mínimo necessário para o bem-estar deles no campus. O primeiro passo foi o reconhecimento de que os animais na UFS são animais comunitários, ou seja, sob a responsabilidade da instituição. Isso permitiu que organizássemos uma série de estratégias para o manejo dos animais domésticos na área do Campus de São Cristóvão”, afirma.

Ampliação dos serviços

Para além da castração já iniciada, a UFS está ampliando os serviços ofertados pelo Hospital Veterinário Universitário (HVU). O hospital realizará consultas, exames laboratoriais e procedimentos cirúrgicos, com foco nas atividades de formação profissional dos estudantes de Medicina Veterinária, de cursos afins e a oferta de serviços à comunidade externa.

O diretor do HVU, Gabriel Lee, explica que a ampliação dos serviços foi possível após a chegada de três novos profissionais, incluindo um médico cirurgião. “A partir de agora, será coletado sangue para a realização de exames e verificada a saúde dos animais. Posteriormente, eles serão castrados. Essa ação é possível, já que nós temos uma equipe, podemos dizer, nova no hospital”, observou.

Conforme o vice-reitor Rosalvo Ferreira, a ideia da universidade é ampliar o atendimento para os demais campi da UFS. “O propósito da ação é proceder a castração de felinos e de caninos do Campus de São Cristóvão, onde há maior população, estendendo-se para todos os animais comunitários em todos os campi da UFS”.

Casas de alimentação para animais

Em 2022, a Universidade Federal de Sergipe substituiu mais de 20 casas de alimentação para os felinos que vivem no Campus de São Cristóvão. Além desses abrigos fornecerem proteção contra a chuva ou outras situações desconfortáveis, eles concentram o fornecimento de ração e de água, o que favorece o manejo dos animais.

E como já orientado pela universidade, a comunidade acadêmica deve contribuir para que a alimentação seja concentrada nos pontos ou abrigos pré-estabelecidos também para evitar que os animais frequentem ambientes impróprios como os restaurantes, laboratórios e salas de aula.

Vacinação de animais

Nesta mesma semana, a UFS promoveu a vacinação antirrábica dos animais comunitários do Campus de São Cristóvão, em parceria com a Secretaria de Saúde do Município de São Cristóvão. Essa ação ocorre desde 2019 e deverá ser mantida de forma sistemática.

No entanto, há o alerta constante para as práticas de abandono e de maus-tratos de animais nos espaços da universidade, o que configura crime. O vice-reitor da UFS, Rosalvo Ferreira, também exemplifica outras consequências em razão da transgressão. “A universidade reitera que o abandono de animais nas suas dependências, além de se constituir em crime, com punição prevista em lei, gera descontrole da população de outras espécies, ampliando a possibilidade de transmissão de doenças, além do grave risco de transmissão de zoonoses para os humanos”.

Eduardo Almeida e Letícia Nery - Ascom UFS