CONSECTI
Teve início nesta terça-feira, 16, as atividades da Oficina de Ciências Matemática e Educação Ambiental (Ocmea), no campus Professor Alberto Carvalho, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Itabaiana. A iniciativa segue até ontem, 17, nos turnos da manhã e tarde, com objetivo promover uma reflexão acerca do papel da Ciência para o desenvolvimento do País e aprofundar os conceitos trabalhados em sala de aula, além de promover o contato entre os acadêmicos com os alunos da Educação Básica.
A Ocmea faz parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) que acontece em todo País, de 15 a 21 de outubro, sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em Sergipe, o evento é coordenado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), e as atividades acontecem entre os dias 15 a 19 de outubro.
A Ocmea compreende um conjunto de oficinas ofertadas aos alunos e professores de escolas públicas e busca popularizar o conhecimento científico fazendo com que os estudantes e a comunidade se aproximem dos assuntos ligados a Ciência e Tecnologia (C&T) de maneira lúdica e divertida. De acordo com a coordenadora da Ocmea, Ednea Tavares Lopes, a cada ano amplia a participação dos alunos dos ensinos fundamental e médio das comunidades quilombolas e indígenas. “O nosso objetivo é cada vez mais apresentar à população as discussões cientificas existentes nos grandes centros de pesquisas. O estudante que participa da Ocmea volta depois à universidade, se interessa em fazer vestibular e desperta a vocação científica. O apoio da Fapitec é de suma importância no que se refere a divulgação, a ampliação do número de vagas e no sucesso do evento”, observou Edmea.
O vice-reitor da UFS, Angelo Antonelli, participou da abertura da Ocmea e comentou que a iniciativa fortalece os programas dos cursos de licenciatura. Segundo ele, é imprescindível que a população saiba o que é produzido nas universidades e nos centros de estudos e a ação da Fapitec, no que se refere ao formento à pesquisa, é de extrema relevância para a geração de saberes no desenvolvimento do Estado. “A popularização da ciência é necessária para promover uma inclusão social. Além disso, na criação de novas linhas de pesquisa”, afirmou Antonielli. Na oportunidade, o diretor técnico da Fapitec, Marcelo Mendonça, falou das ações de difusão e popularização da ciência da Fundação. “Os resultados dos projetos e os conhecimentos gerados nas universidades e centros de pesquisas, muitos deles com o apoio da FAPITEC/SE, devem estar ao alcance da sociedade. É necessário que os professores trabalhem com os alunos as temáticas sobre C&T de uma forma interativa, esclarecendo sua importância para o desenvolvimento do País”, declarou Marcelo.
A troca de informações entre a população e a comunidade acadêmica tem contribuído de maneira benéfica para a formação dos alunos. Além disso, desperta nos jovens o interesse em realizar trabalhos de pesquisa nos povoados. O estudante do 6º período de Química Licenciatura, Cleber Thieres da Silva, participou em 2006 da Ocmea, quando era aluno da escola Murilo Braga, em Itabaiana. O jovem comenta que na época se interessou pela oficina de Reações Químicas. No ano seguinte, participou na escola do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBICJr), com uma bolsa da Fapitec.
Em 2008, Cleber ingressou na universidade. “A Ocmea despertou o meu interesse pela pesquisa, quando fui prestar vestibular não tive dúvidas na hora de escolher o curso. Pretendo seguir a carreira acadêmica, me dedicar às produções científicas, quero fazer mestrado em Educação. Na Ocmea 2012 ministro uma oficina que apresenta a interdisciplinaridade existente entre a química e a geografia”, declarou o estudante ao afirmar que gosta de manter contato com as crianças das escolas da região.
Participam da Ocmea alunos e professores dos ensinos fundamental e médio das comunidades quilombolas e indígenas e das cidades de Itabaiana, Malhador, Ribeirópolis Moita Bonita, Nossa Senhora da Glória, Aracaju, São Cristovão e Campo do Brito. Ao todo foram oferecidas aos alunos mais de 100 oficinas.