José Manuel Alvelos
O senhor “K” personagem de Franz Kafka no romance “O castelo”, busca para o exercício da sua atividade de agrimensor na suposta aldeia, as relações e a estrutura de poderes estabelecidos dentro do Castelo e deste com o mundo exterior.
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2004
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2011/2012
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Alunos Graduação
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10.217
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31.018
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Cursos de Graduação
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60
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115
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Alunos de pós-graduação
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357
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1.908
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Cursos de Mestrado
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8
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38
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Cursos de Doutorado
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1
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8
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Grupos Pesquisa_CNPq
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76
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223
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Orçamento_UFS
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123.784.429,00
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471.143.456,28
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Campi
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São Cristóvão
Aracaju - HU
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Itabaiana
Laranjeiras
Lagarto
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Professores Efetivos
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461
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1136
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Há fatos qualitativos que transcendem os números: reformas; portarias; projetos pedagógicos; atos normativos; sistemas de gestão (administrativo, acadêmico, de recursos humanos, RNP, etc.) ; projetos arquitetônicos; licitações; empenhos; contratos; órgãos e entidades (NUPEG, CISE, CINTEC, etc.). Enfim a lista é longa.
Mas, sob a firme liderança do Reitor Josué, mediando divergências decorrentes de pessoas com variadas formação culturais, posições políticas/ideológicas e de ciência e tecnologia, muitos colegas há seu tempo e mérito, contribuíram para serem alcançados os números.
Vale citar os Pro Reitores que participaram deste processo:
Arivaldo Montalvão (In-memória)/ Mário Resende, na PROEST; Ricardo Gurgel/ Cláudio Macedo, na POSGRAP; Ponciano/ Sandro/ Paulo Heimar, na PROGRAD; Ruy Belém/ Conceição Vasconcelos, na PROEX; Jenny/ Luiz Marcos, na COGEPLAN; Abel/ Alvelos, na PROAD; Firmo/ Djalma, na PREFCAMP; Roberto Rodrigues/ Teresa Lins, na GRH.
E nas figuras de Juviano e Antônio Alves (Sr. Antônio da Copa) referenciar todos os técnicos administrativos de nível superior e médio que contribuíram para o deslanche da empreitada do Reitor Josué.
Mas será que está finda a obra, como a terra agrimessada pelo Senhor “K” de Kafka?
Ensina Schumpeter no livro “Capitalismo, socialismo e democracia”, que a economia opera em ciclos de expansão, auge e recessão, combinando fases econômicas, políticas e tecnológicas. Portanto, a trajetória nem sempre é ascendente, cabe, sobretudo às pessoas e as Instituições, desenhar a perspectiva do futuro e fazê-la cumprir no tempo datado.
Isto, espelhado nos números, nos atos e fatos o Reitor Josué e seus pares o fizeram.
O tempo presente permite olhar e avaliar o tempo passado e a partir daí prospectar o tempo futuro. Valendo-me mais uma fez do Schumpeter, agora o da “Teoria do Desenvolvimento Econômico” o cito:
“O capitalismo é um processo de destruição criadora”
Portanto, ao futuro cabe o tempo de inovação, avanço, reestruturação, com destruição do velho, tempo de mutação de construir o novo, de novo.
Assim, que no tempo futuro a trajetória seja de ascendência, para a UFS e a sociedade sergipana a partir do legado dos números expostos e de suas variantes qualitativas a exemplo dos Projetos dos Campi de “Engenharias de Estância” e de “Agrárias” em Glória, cobrindo a partir de então todo o interior de Sergipe com a educação pública superior.
Combinemos então assim: deixemos em paz o senhor “K”e sua teia kafkiana e apostemos na “destruição criadora”, porque o legado do Reitor Josué é muito bom. OK?
Publicado no Jornal da Cidade em 28/10/2012
José Manuel Pinto Alvelos é professor do Departamento de Economia da UFS - DEE.