



Maior disponibilidade de sombra influencia positivamente o comportamento dos animais
Ainda de acordo com a pesquisadora, as vantagens econômicas em manter plantas de grande porte no pasto vão além do benefício para os animais, já que as árvores utilizadas no sistema silvipastoril podem ser frutíferas, madeireiras, ou forrageiras (que servem para a alimentação do gado).
Além disso, “do ponto de vista ambiental, o sistema silvipastoril também se demonstra promissor, por manter árvores no ambiente de pastejo, evitando assim a degradação ambiental”, defende a professora Jucileia, que diz que a pecuária tem sofrido pressão dos ambientalistas por conta da emissão de metano e gás carbônico - gases do efeito estufa - por parte dos bovinos.
Gliricidiasepium
As árvores utilizadas durante pesquisa eram da espécie Gliricidiasepium, (Gliricídia) uma leguminosa de folha rica em proteína, que também serve de alimento para o gado. A gliricídia também pode contribuir para o aumento da disponibilidade de nitrogênio no solo, o que favorece o crescimento do capim.
De acordo com informações da Embrapa, o plantio da gliricídia pode ser feito das seguintes formas: em sistema adensado (onde só há plantas dessa espécie); em sistema consorciado com milho; em sistema consorciado com palma e milho; e em sistema consorciado com pasto, como foi realizado durante a pesquisa. Para esse caso, o recomendável é plantar as espécies em uma distância de 5 metros entre cada planta e o pasto.
Equipe de pesquisa
A pesquisa “Comportamento ingestivo de bovinos Nelore em sistema Silvipastoril no Estado de Sergipe” foi coordenada por Jucileia Aparecida da Silva Morais e pelo por Jailson Lara Fagundes (professores do Departamento de Zootecnia da UFS) em parceria com José Henrique Rangel, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros.
Também fizeram parte da pesquisa sete estudantes de graduação em Zootecnia pela UFS.
Gustavo Monteiro (bolsista)
Márcio Santana
Ascom UFS
comunica@ufs.br
[Fotos: Arquivo dos pesquisadores]